O Sistema Único de Saúde (SUS) passa a ofertar, em até 180 dias, os medicamentos alfaelosulfase e galsulfase.
Eles são utilizados para o tratamento de pacientes com mucopolissacaridose tipos IV e VI, respectivamente.
A portaria que incorpora os insumos na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) foi publicada ontem (20) no Diário Oficial da União.
Segundo o Ministério da Saúde, a mucopolissacaridose consiste em um distúrbio genético que afeta a produção de enzimas, substâncias fundamentais para diversos processos químicos em nosso organismo.
Entretanto, a doença não tem cura.
Mas um tratamento adequado, segundo a pasta, é capaz de reduzir complicações e sintomas.
Além de impedir o agravamento do quadro.
Expectativa
A expectativa do governo é que o medicamento alfaelosulfase atenda 153 pacientes de todo o país diagnosticados com o tipo IV de mucopolissacaridose.
Já o galsulfase deve ser utilizado por 183 pacientes com o tipo VI da doença, que apresenta ainda outros quatro estágios.
Em junho, o ministério incorporou os medicamentos laronidase e idursulfase alfa para o tratamento de mucopolissacaridose tipos I e II.
Doenças raras
De acordo com a pasta, as doenças raras são caracterizadas por uma ampla diversidade de sinais e sintomas que variam não só de doença para doença.
Mas também de pessoa para pessoa.
Manifestações relativamente frequentes podem simular doenças comuns, dificultando o diagnóstico, causando elevado sofrimento clínico e psicossocial aos afetados e suas famílias.
Considera-se doença rara aquela que afeta até 65 pessoas em cada 100 mil indivíduos, ou seja, 1,3 pessoa para cada 2 mil indivíduos.
O número exato de doenças raras não é conhecido.
Estima-se que existam entre 6 mil a 8 mil tipos de doenças raras em todo o mundo.
80% delas decorrem de fatores genéticos e as demais advêm de causas ambientais, infecciosas e imunológicas, entre outras.
“Muito embora sejam individualmente raras, como um grupo elas acometem um percentual significativo da população, o que resulta em um problema de saúde relevante”, destacou o ministério.