Taxas de óbito por AVC e doenças cardíacas caem entre as mulheres | Boqnews
Foto: Divulgação AVC

Saúde

11 DE MARÇO DE 2019

Siga-nos no Google Notícias!

Taxas de óbito por AVC e doenças cardíacas caem entre as mulheres

Estudo do Ministério da Saúde apontou que em seis anos, índice caiu 11% nos óbitos por Acidente Vascular Cerebral e 6,2% por doenças cardíacas, nas mulheres entre 30 e 69 anos

Por: Da Redação

array(1) {
  ["tipo"]=>
  int(27)
}

Entre 2010 e 2016, as taxas de mortalidade por Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Doenças Cardíacas Isquêmicas, em mulheres, com idades entre 30 a 69 anos, caíram em 11% e 6,2%, respectivamente.

A constatação é do estudo Saúde Brasil 2018, realizado pelo Ministério da Saúde. O conteúdo foi divulgado na última sexta-feira (8), em alusão ao Dia Internacional da Mulher.

Além disso, no mesmo período, o índice para AVC caiu de 39,5 para 35,2 óbitos por 100 mil habitantes do sexo feminino.

Já as Doenças Cardíacas apresentaram queda de 55 para 51,6 óbitos por 100 mil.

Para o cálculo destes números, o estudo Saúde Brasil utilizou as populações publicadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por outro lado, para a taxa padronizada, foi utilizado o Censo Brasileiro de 2010.

O registro da redução de óbitos nas duas Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT’s) que mais matam no país, já demonstra impacto das ações do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Ele vem sendo desenvolvido pelo Ministério da Saúde com estados e municípios junto à população.

O Plano tem a expansão da Atenção Básica como uma das principais ações de enfrentamento das DCNT’s. Uma vez que nessa área é possível resolver até 80% dos problemas de saúde.

Além disso, o conjunto de ações também têm resultado no aumento do acesso a serviços de saúde. Bem como diagnóstico precoce e tratamento, além de ações de promoção da saúde.

Alerta

Apesar da queda, as duas doenças continuam sendo as que mais matam a população feminina entre 30 e 69 anos.

Somando todas as idades (de 5 a mais de 70 anos), as doenças cardíacas, AVC, Alzheimer, Infecções Respiratórias e o Diabetes são as cinco principais causas de óbitos entre elas.

Das cinco, quatro são Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT’s). Elas possuem quatro fatores de risco em comum: tabagismo, atividade física insuficiente, uso nocivo do álcool e alimentação saudável. Todas elas preveníveis.

O levantamento apontou também que, na população com faixas etárias entre 30 e 69 anos e com mais de 70 anos, as doenças cardíacas isquêmicas apresentaram as maiores taxas de mortalidade em todas as regiões do país. Tanto nos homens como nas mulheres.

Entretanto, o AVC ocupou o segundo lugar no ranking das principais causas de óbitos entre as brasileiras de todas as regiões e os brasileiros do Sul e Sudeste, com idades entre 30 a 69 anos.

É possível prevenir

Nas demais localidades, as causas externas (acidentes de trânsito e agressões) ocuparam as segundas e terceiras posições, nesta mesma faixa etária.

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como o AVC e as Doenças Cardíacas Isquêmicas, respondem por cerca de 36 milhões de mortes. Ou seja, 63% das mortes no mundo. Destaque para as doenças do aparelho circulatório, diabetes, câncer e doença respiratória crônica.

No Brasil, as DCNT também se constituem como um problema de saúde. Correspondem a 54,0% de todas as mortes, no ano de 2016. Na faixa etária de 30-69 anos, as DCNT representaram 56,1% dos óbitos.

A ocorrência das doenças crônicas não transmissíveis é muito influenciada, sobretudo, pelos estilos e condições de vida.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) inclui como importantes DCNT as doenças do aparelho circulatório (cerebrovasculares, cardiovasculares), neoplasias, doenças respiratórias crônicas e diabetes mellitus.

Esse conjunto de doenças tem em comum uma série de fatores de risco. Dessa forma, é possível se ter uma abordagem comum para a sua prevenção.

Ações para conter as DCNT’s

O Ministério da Saúde busca reduzir no número de internações e óbitos. Portanto, lançou o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT).

Ele tem a expansão da Atenção Básica como uma das principais ações de enfrentamento.

Atualmente são 42,9 mil Unidades Básicas de Saúde em funcionamento. 42,6 mil equipes de Saúde da Família que cobrem 64,6% da população. Além de 263,4 mil Agentes Comunitários de Saúde em todo o país.

O Ministério da Saúde também tem implementado ações de promoção à saúde. Isso acontece por meio do repasse de recursos para os municípios para para implantar o programa Academia da Saúde.

Atualmente, o programa conta com mais 3.800 polos habilitados. Ao mesmo tempo, o Ministério da Saúde também tem pactuado com a indústria para a redução de açúcar e sal nos alimentos.

Para o tratamento, o Governo Federal disponibiliza no SUS medicamentos gratuitos para tratamento de problemas, como cardiovasculares e de hipertensão.

No geral, dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde mostra redução anual de 2,6% da mortalidade prematura por doenças crônicas entre adultos (30 a 69 anos).

Com isso, o país já cumpre a meta para reduzir mortalidade por doenças crônicas. Isso é parte do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil 2011-2022.

O objetivo inicial era de reduzir as taxas de mortalidade prematuras em 2% ao ano até 2022.

Notícias relacionadas

ENFOQUE JORNAL E EDITORA © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

desenvolvido por:
Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.