A notícia de que cresce a procura de títulos do Tesouro Nacional por investidores estrangeiros, alardeia uma situação confortável para o Brasil, ante a crise que envolve muitas das economias mais prósperas do planeta.
É paradoxal, entretanto, que as contas internas mostrem um panorama financeiro diametralmente contrário, cujo volume acumulado, acrescido de correção monetária e juros, segundo analista é impagável. Como é de domínio público, o governo se empenha para congelar as decisões judiciais que importem no aumento da dívida interna, pois se quer paga os débitos dos milhares de precatórios, diligenciando soluções com grande prejuízo para os credores.
Busco entender esse paradoxo e a conclusão sobre a preferência dos investidores estrangeiros nos títulos do Tesouro Nacional. É o afogado na ânsia de se salvar e abraça-se até com tubarão.
*Orlando Machado Sobrinho é leitor