A nossa alma anela pela paz de espírito. Desejosa da leveza do perdão que nos torna livres. Liberdade de ir e vir. Viajar e conhecer outras culturas. Isso faz bem para nossa saúde física e psíquica.
Grandes nomes da História tiveram em comum a visão cosmopolita. Foram pessoas cultas, esclarecidas. Gandhi estudou direito na Inglaterra. M. L. King visitou a Índia, especialmente, o mausoléu do Mahatma, naturalmente retirando os sapatos. Saturnino de Brito conheceu cidades estrangeiras dotadas de estações de tratamento dos seus esgotamentos sanitários e superfícies ajardinadas com grandes avenidas traçadas embelezando e arejando capitais. Agatha Christie, além de usufruir de de duas residências na Inglaterra, uma verão e outra para inverno, buscou no Oriente Médio inspiração para uma nova fase em sua obra. Graças as viagens de D. Pedro II o telefone, lançado nos EUA, chegou mais rápido ao Brasil. E muitos outros exemplos encontraremos na História.
Viajar. Tomar conhecimento de outras civilizações. E trazer para nossa realidade tudo que possa contribuir para o bem-estar coletivo e, claro, individual.
Podemos até recorrer a livros e periódicos, mas é no in loco que captamos a essência plenamente. Dormir e acordar noutra cultura, sair da mesmice, respirar outros ares. Saborear outro desjejum. Ouvir falas diferentes. Ver outras belezas humanas, naturais e criadas.
Aqui em nosso país a diversidade cultural, geográfica, histórica e socioeconômica formam três complexos regionais* característicos, a saber: Amazônico, Nordestino e Centro-Sul. Cada uma com sua alma própria.
Então planeje e viaje. Pare antes que seu corpo o obrigue a fazê-lo.
(*proposta de regionalização elaborada pelo geógrafo Pedro Pinchas Geiger em 1967).
José R. da S. Vasconcelos.