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19 DE JUNHO DE 2019

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Fúria arrecadatória

Leitor alerta para uma possível “indústria de multas” em Santos

Por: Da Redação

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No dia 13 de abril de 2019, às 21h45, recebi multa da Companhia de Engenharia de Tráfego de Santos (CET) por ter colocado inadvertidamente meu veículo, com credencial de idoso, em vaga reservada a pessoa com deficiência dentro do estacionamento do Hipermercado Extra, localizado à Avenida Ana Costa, 318.

Não contesto a infração, mas não posso deixar de assinalar a fúria arrecadatória que essa companhia tem demonstrado nos últimos tempos, a ponto de seus funcionários entrarem em estacionamentos particulares à noite em busca de irregularidades.

Aliás, esse tipo de procedimento não se vê por parte de companhias congêneres em estacionamentos particulares, especialmente de supermercados, em cidades vizinhas como São Vicente e Praia Grande.

Quero assinalar que nas cidades da região de metropolitana de Campinas, onde mantenho também residência, não se vê essa fúria arrecadatória.

Pelo contrário.

Em Amparo, por exemplo, as funcionárias da Zona Azul recomendam informalmente ao motorista que dispõe de credencial de idoso colocar o veículo em vaga reservada para deficiente físico, desde que não encontre vaga nos locais reservados aos idosos.

Além disso, o motorista, devidamente credenciado, pode deixar seu carro na vaga de idoso por uma hora sem pagar nada.

Para reforçar o que se diz aqui é de se lembrar que, segundo levantamento feito pelo consultor e jornalista Rodolfo Amaral, da R. Amaral & Associados, a CET-Santos faturou, em 2018, R$ 45.309.201,05, valor superior à arrecadação total de 335 municípios do Estado de São Paulo (que possui 645 municípios).

Segundo cálculos do consultor, se for levada em consideração a sua receita líquida de 2018, no valor de R$ 99.685.860,00, pode-se dizer que a CET Santos teve mais dinheiro disponível em suas mãos do que 458 municípios paulistas (71% das cidades do Estado).

Ainda de acordo com o consultor, a receita de multas, em 2018, foi superior em R$ 8,8 milhões ao valor registrado no ano anterior (R$ 36.490.334,00) e, em R$ 17,5 milhões a mais do que o faturamento de 2016 (R$ 27.714.093,28).

Mesmo assim, segundo o consultor, essa empresa municipal manteve um prejuízo acumulado de R$ 54,8 milhões, em 2018, registrando um patrimônio líquido negativo de R$ 53,3 milhões.

Parece claro que existe uma fúria arrecadatória, também chamada de “indústria de multas”, provavelmente, para cobrir despesas de uma empresa inflada com funcionários com salários bem generosos pagos com dinheiro público, o que configura má administração.

Por isso, nas próximas eleições, o candidato a prefeito que colocar entre suas prioridades corrigir essa distorção, com certeza, vai sair na frente.

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