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Opinião

28 DE MARÇO DE 2019

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Pai e Mãe presentes são vitais nesse mundo doente

O autor, professor universitário e integrantes do Movimento Sou Pai, não Visita, enfatiza as relações familiares, inclusive a alienação parental.

Por: Da Redação

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A tragédia ocorrida na Escola em Suzano impactou o mundo.

Investigar as razões do que levou os dois jovens a promoverem o crime é questão de honra para a sociedade.

Há quem culpe os videogames, o bullying, uso de drogas, enfim, não faltam especialistas para apontar o dedo nesse mundo conturbado que vivemos. A principal prova do crime é triste: o fim da Família como estrutura de base na vida das pessoas.

A quantidade de separações no país aumentou bruscamente nas últimas décadas.

De acordo com o IBGE, saímos de 10% de casais divorciados em 1984 para 31,4% em 2016.

Enquanto os casamentos subiram 17%, os divórcios aumentaram em 269% perfazendo 580 divórcios diários!

O divórcio não é o culpado do abandono das crianças em sua formação, mas a sim alienação parental promovida em muitos casos.

Basta verificarmos que o mais jovem dos autores do atentado tinha uma foto do pai com a mãe queimada em seu quarto.

Um caso clássico de quem sofre com a crise da alienação parental.

 

Alienação parental

Dados da Associação de Pais e Mães Separados apontam que 80% dos divórcios são acompanhados de alienação parental.

São pais ou mães que impedem o outro de conviver com os filhos ou alimentam o ódio do parceiro através dos herdeiros, causando revolta nas crianças perante o outro genitor.

A relação matrimonial não é a relação paternal.

Os filhos sempre devem ser preservados das razões sejam elas quais forem.

Pai e mãe não podem ser escolhidos ou trocados como uma peça de roupa que não serve mais.

A alienação parental acontece em geral após a separação e como forma de vingança.

Seja por ter sido abandonado, traído ou se frustrado em relação à vida conjugal.

Normalmente vêm acompanhada de disputas por bens ou alimentos.

Ou quando o outro constitui nova família.

Quantos pais e mães geram, por sentimentos mesquinhos, síndromes e traumas irreparáveis em seus filhos por causa das frustrações do casamento?

Que crianças estamos construindo para a sociedade do amanhã?

Junto com outros pais, mães e avós de todo o país, montamos a Associação “Sou Pai, não Visita”.

Queremos fazer valer os direitos de acompanhar o desenvolvimento escolar, de saúde e psicológico de nossos filhos. Afinal, somos pais, não pedófilos, agressores ou assassinos.

Apenas adultos, que decidiram não manter relação amorosa mais entre si. É preciso fortalecer e regulamentar a Lei 12.318 de 2010, a Lei da Alienação Parental e não querer revogá-la, como propõem alguns deputados.

Filhos precisam de pai, mãe, avós paternos, maternos, tios, primos e todos os familiares estendidos presentes em sua formação educacional e humana. Para isso é importante a aplicação da Guarda Compartilhada pelo nosso judiciário.

É a regra a ser adotada por nossas varas de família!

 

Sem vilões

Não há vilões no fim de qualquer relação.

Afinal, as crianças são frutos do amor que um dia existiu entre as duas pessoas e, por motivos diversos, se cessou.

Precisamos de leis que garantam o direito de toda a família.

Precisamos educar a sociedade para sabermos lidar com nossas frustrações quanto ao outro, sem usar inocentes que amamos nisso.

É difícil fazermos essa autoavaliação.

Mas é necessária.

É dever de todos.

Afinal, não queremos ver tragédias como a de Suzano repetidas em nenhum lugar do mundo.

Para isso, só depende de nós!

 

O autor é professor universitário, Mestre em Ciências e membro do Movimento Sou Pai, Não Visita!

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