A família é a núcleo da sociedade. A partir dela exigiu-se o sedentarismo favorecido pela inovação da agricultura e criação de animais. Sucessores do extrativismo puro e simples aliado a caça e pesca para sobreviver, o qual obrigava a constantes deslocamentos, a exemplos dos demais animais.
A cognição humana buscou uma solução. De submetido a natureza o Homem passou a se adaptar a ela. Assim roupas de pele e o fogo. Em seguida a roda e a habitação construída, já não mais dependendo da caverna. Utensílios e armas. Rudimentos de culinária e higiene. Normatização do coito e procriação. Divisão de tarefas e atribuições. Constituição de leis primárias, líderes e liderados pelos usos e costumes.
E aí, com a obrigatoriedade de viverem juntos para sobreviver, naturalmente, as discordâncias aumentaram. Há sempre uma “ovelha negra” na família, no clã ou na sociedade, seja para o bem ou para o inverso. Afinal, a mesmice ofende os que vêem além.
Mesmice, nesse caso, denota não mexer em time que está ganhando. Se tudo está redondinho pra que inovar. Mas a “ovelha negra” enxerga, consciente ou não, um equilíbrio frágil pelo tempo. Algo que, cedo ou tarde, irá ruir.
Essas novas percepções da vida foram responsáveis pelo rompimento de velhas estruturas e surgimento de outras que elevaram o padrão geral das sociedades nos diferentes povos. E isso é cíclico. Graças a Deus.
José Roberto da Silva Vasconcelos – [email protected]