A homenagem aos trabalhadores grevistas de várias categorias da cidade de Chicago e de outras localidades dos Estados Unidos,que liderados pela Federação America do Trabalho iniciaram uma luta cuja motivação maior foi a luta pela redução da jornada de trabalho, que em algumas Empresas chegavam a até 17 horas diárias, uma desumanidade.
Uma situação absurda, uma exploração inaceitável imposta pela classe patronal. A repressão foi imposta pelos patrões e houve uma confronto entre o sistema policial e os grevistas no terceiro dia da greve.
Cinquenta trabalhadores foram feridos, centenas foram presos e seis foram mortos.No dia quatro de Maio a repressão continuou com mais mortos e feridos. Os conflitos receberam o nome de “revolta de Haymilei”
Alguns lideres do movimento for presos e responsabilizados pelas mortes .
Julgados, alguns foram condenados à forca e outros à prisão perpétua.
Em junho de 1889 foi realizado em Paris o Congresso da Segunda Internacional Socialista e foi aprovado a implementação de comemorar o Dia Internacional do Trabalhador como homenagem aos grevistas que morreram e também aos que foram condenados à prisão e alguns executados.
A França foi o primeiro país a legalizar a comemoração e no Brasil isto aconteceu em 1895, na cidade de Santos.
E a data teve a aprovação do Governo Brasileiro em 1917, sendo desde então possibilitando a comemoração nas mais diferentes regiões.
Evidentemente que em muitos lugares é um feriado como outro qualquer,mas há muitas manifestações com uma característica de protesto contra imposições de patrões que visam apenas seus interesses financeiros.
No momento atual as mais diferentes categorias de trabalhadores sofrem imposições e perdas de conquistas acertadas em negociações entre Entidades sindicais de trabalhadores e patronais para evitar os movimentos grevistas.
Há a imposição colocada pelo anterior e o atual Presidente da República, deformando a estrutura sindical, atingindo a legislação trabalhista e o sistema judiciário. E mais, impondo regras para o Poder Judiciário Trabalhistas.
Esta é uma situação que tem servido de incentivo para que as Entidades Sindicais batalhadoras busquem formas de agir com a Unidade necessária para mostrar que não vão aceitar o crescimento da repressão, já caracterizada pelas demissões e pelas terceirização de profissionais visando a desvalorização salarial nas funções exercidas pelos trabalhadores da Empresa.
E por certo buscar uma pauta unificada e campanhas salariais a nível nacional. É a retomada de um processo de luta para assegurar direitos e conseguir outras conquista.
Por certo as comemorações neste ano colocaram estas questões em destaque. E que a data seja a motivação para a busca da Unidade Sindical, um tema da maior importância;
Uriel Villas Boas – Secretário de Previdência Sindical da Fitmetal-Federação Interestadual dos Metalúrgicos/CTB