Os educadores e as propostas pedagógicas das escolas brasileiras enfrentam o desafio de evoluir na mesma velocidade com que a sociedade se transforma.
O professor tradicional protagonista na sala de aula, expondo o seu saber, está dando lugar ao professor mediador, apoiador e motivador do aluno, centrando neste, o protagonismo da busca pelo conhecimento.
Há décadas, além de um bom Ensino, era fundamental as crianças aprenderem inglês. Depois, operar a informática.
Na sequência, veio o espanhol. Exemplos que mostram como as escolas tradicionais não acompanharam as mudanças da sociedade. Falta velocidade nas alterações dos currículos, adaptando o aprendizado ao que realmente faz a diferença.
A sociedade não está educada para conviver nessa era digital, com redes sociais, crimes virtuais e mais recursos que poucos operam com total conhecimento.
Agora, a Educação brasileira se depara com mais um desafio de linguagem que já está atropelando: a fluência digital.
Hoje é essencial “falar” com o computador.
A internet é das “coisas”. Os APPs e a tecnologia por códigos QR são essenciais para mobilidade, movimentação bancária, comunicação, tudo com rapidez e sobretudo segurança.
A robótica já desenvolve veículos sem motorista, drones para os afazeres domésticos, da agricultura e dos condomínios. Os games transformam uma diversão “virtual” em algo “real”, oferecendo uma diversão sem distinção de idade. Tudo fruto da programação. Aprender as diferentes linguagens e como elas interagem será requisito básico para qualquer profissão.
Pesquisa da ManpowerGroup, consultoria de recursos humanos, mostra que 65% dos empregos dos nascidos entre 1998 e 2010 são em profissões que ainda não existem. Convivemos com Uber, Ifood, Netflix, Facebook, Instagram, Twitter, Youtube, e outros APPs.
Todos desenvolvidos por ideias inovadoras e muita programação. Não basta apenas jogar o game. É preciso saber desenvolvê-lo.
A inserção da Programação no conteúdo educacional de nossas crianças e jovens é inevitável. É quando ainda estamos sugestionáveis a novos conhecimentos, absorvemos o conteúdo com maior facilidade.
Aprender a ter fluência digital desenvolve a autonomia, a criatividade e o empreendedorismo, capacidades essenciais para o sucesso. Estados Unidos, Japão e Inglaterra já inseriram a programação na grade de ensino curricular.
Barack Obama ao incluir a programação nas escolas norte-americanas disse: “Se quisermos manter a América no topo precisamos que jovens dominem a tecnologia. Não compre apenas um videogame. Desenvolva um. Não baixe apenas o último aplicativo. Ajude a projetar um. Não use apenas o celular. Programe”.
Programação não é mais um conhecimento obrigatório apenas aos profissionais de Tecnologia e Computação.
É uma linguagem universal, a mais entendida em todo planeta. Deter conhecimento de como os computadores “conversam” será vital para desenvolver inovações que impactam a vida das pessoas. Deter esse conhecimento é o diferencial para um futuro de sucesso.
Paulo Freire já nos alertou: “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”.
A mudança sempre é agora. A tecnologia existe e quer conversar com você. Não mais ser comandada operacionalmente, mas te oferecer caminhos diferentes para suas necessidades. Quem souber conversar com ela está na frente!