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09 DE JANEIRO DE 2017

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Costa da Mata Atlântica: turismo o ano inteiro

Por Aristides Faria Lopes dos Santos, Professor do IFSP Campus Cubatão.

Por: Da Redação

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O setor de viagens e turismo é composto por negócios em diversos segmentos, tais como a hotelaria, a gastronomia e o entretenimento, por exemplo. Naturalmente, o empresário que investe na abertura de um bar ou restaurante não se dedica apenas ao atendimento de turistas, mas de moradores também.

O desenvolvimento do turismo no litoral paulista é marcado pelo fenômeno das “residências secundárias”, denominação técnica para as casas ou apartamentos de temporada, cujos proprietários mantém residência fixa em outro município como na capital ou no interior do estado.

Isso não é um problema, pois a probabilidade de o turista visitar a região ao longo do ano é muito maior em comparação com o caso de este turista em potencial ter de reservar uma pousada ou hotel, segmento extremamente competitivo no país.

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Uma família que possui um apartamento na praia, em geral, tende a consumir menos em restaurantes, por exemplo, mas o faz em outros serviços locais, além de pagar o IPTU todos os anos. Os benefícios do turismo, nesse caso, são difusos, ou seja, são dispersos e de difícil contabilidade, mensuração – talvez venha daí o argumento contra este perfil de visitantes.

Particularmente, acredito que a história do turismo no litoral paulista, além de muito romântica, é capaz de explicar uma série de traços do desenvolvimento urbano das cidades da região. Um destes traços é o intenso fluxo de usuários nas rodovias que cortam a região e ligam o litoral à capital.

Outros traços importantes são, como disse anteriormente, o alto índice de casas de temporada, o forte apelo dos atrativos turísticos e atividades de lazer ao ar livre e a diversidade – e alta qualidade – de opções de casas noturnas, bares, restaurantes, meios de hospedagem e serviços em geral.

Aliás, a questão da qualidade merece um comentário. Enquanto morador da região e profissional do turismo, percebo que algumas cidades têm uma cultura local de serviços maior que as outras, ou seja, há mercados mais intensos, com mais oportunidades de trabalho e investimento, enquanto outros menos “quentes”.

Fatores como as altas taxas de imigração, a baixa qualificação/especialização da mão de obra disponível e a inatividade do poder público municipal em promover oportunidades de formação técnica/instrumental ajudam a tornar estes mercados ainda menos competitivos.

Como costumo dizer, o turismo em si é um assunto pouco interessante, mas ganha extrema importância e interesse quando “cruzado” com outros temas, tais como empregabilidade, meio ambiente, saúde, transportes e segurança pública. Assim, vejo que para compreendermos o desenvolvimento do turismo no litoral paulista e suas implicações em nosso dia a dia – que vão além dos congestionamentos e filas no comércio durante a temporada de verão – precisamos dar um ou dois passos para trás e observar o setor de viagens e turismo com muita atenção.

É importante pensarmos o turismo e a cultura da hospitalidade (bem receber), pois as pessoas virão nos visitar… e virão em grande número! O lado bom é que temos nove cidades na Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS), além de mais quatro no Litoral Norte, prontas para acolher nossos visitantes tanto durante o verão, como ao longo de todo o ano.

A região turística da “Costa da Mata Atlântica”, denominação turística da RMBS, possui alto fator de atratividade e a proximidade com a Região Metropolitana de São Paulo evidencia isso. Há boa infraestrutura, bons meios de hospedagem (além das residências secundárias), boas opções de entretenimento, então a relação custo-benefício é bem favorável ao turista paulista que tem dois ou três dias de descanso disponíveis para viagem.

Sejam todos muito bem vindos… sempre!!

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