Parece que enfim o Hospital dos Estivadores começa a funcionar. Muitas foram as datas divulgadas para este tão esperado início. Nenhuma, porém, se cumpriu. Até então o prédio tinha sido palco apenas de inaugurações e coletivas com a presença de autoridades como governador, secretários, deputados…. Na última quinta-feira, 2, porém, as portas se abriram finalmente para as famílias prestes a crescer ao invés dos já habituais políticos.
Por volta das 19h30, deu entrada a primeira paciente: a gestante Viviane Lima de Oliveira, de 31 anos, que estava acompanhada do marido Glauber Fernandes da Silva. Depois mais duas pacientes chegaram no hospital, uma delas encaminhada pela Santa Casa.
O primeiro bebê a nascer, porém foi Nicolas, às 22h41, primeiro filho da manicure Dayane da Mota, de 22 anos, moradora do Morro do São Bento, em Santos. Dayane chegou ao hospital de ambulância em trabalho de parto, evoluiu normalmente e sem qualquer intercorrência. Nicolas tem 2830kg. Mãe e filho passam bem.
Segundo o secretário de saúde Fábio Ferraz, o atraso, após ser inaugurado oficialmente no dia 22 de dezembro, ocorreu por um problema de engenharia. “Em nada atrasará o calendário previsto para as etapas seguintes. No mês de março ampliaremos o atendimento, com 25 novos leitos e 10 UTIs, não apenas na maternidade. O que é importante ressaltar é que iniciamos a atividade”, comenta.
Esta é a primeira etapa para que o hospital comece o atendimento plenamente. O prazo é que em um ano e meio o serviço esteja em pleno funcionamento, com total integração das ativdades que serão realizadas no complexo. “Atualmente são nove leitos e e 10 UTI neo-natal. E o atendimento é prioritariamente mães que são encaminhas de outros hospitais e outros serviços como a UPA. Para situações emergenciais também estamos preparados para dar todo o suporte.
Par o custeio do complexo, o secretário esclarece que já existe tudo pré-estabelecido e que são gradativos pois a tebela é em cima do atendimento. “Ao total, expectativa é de chegar em torno de R$20 milhões do Governo Federal. Do Estado já temos custeio assegurado em R$11 milhões, que serão desembolsados a medida que os serviços forem realizados. Mas sabemos que precisaremos de mais apoio e iremos buscar maiores apoio. Não tenho dúvida que com início das atividades teremos melhores condições de termos estes aportes financeiros”, explica.
Gestão em ação
Em processo na justiça, o contrato com o instituto alemão Oswaldo Cruz com a Prefeitura de Santos para gerir o complexo hospitalar é – segundo ação do advogado Nobel Soares – irregular por se tratar de uma OS com apenas 14 meses de formalização e não três anos como prevê a lei municipal.
Para o secretário Fábio Ferraz, porém, a prefeitura está convencida de que como a OS e o hospital alemão são a mesma instituição o processo é válido “devido à centenária experiência do Hospital Oswaldo Cruz”. “Estamos muito seguros. E estamos sustentados no ponto de vista jurídico”. Caso a justiça prove o contrário, porém, não há plano B, pelo menos sendo divulgado.