Para o secretário de Turismo de Santos, Rafael Leal, o Carnaval santista – assim como em muitas cidades do País – será “sem luxo, mas com muita criatividade na passarela”. Leal ressalta que, por conta da crise, a festa foi cortada em 30 cidades, algumas bem tradicionais como São Luiz (MA). “Em Santos, manteremos o Carnaval, mas precisávamos economizar e reduzimos os custos em 50%”, explica. No ano anterior, foram investidos cerca de R$1,7 milhão. Neste ano, a verba caiu para R$673 mil.
De acordo com Heldir Lopes Penha, o Aldinho, presidente da Liga das Escolas de Samba de Santos (Licess), o secretário não está errado em sua afirmação, porém, para ele o difícil é ter criatividade com o pouco dinheiro destinado ao evento.
“Será que dá para ser criativo com esta verba? Será um Carnaval da superação. As escolas que conseguiram correr atrás de outros patrocínios vão sair na frente, mas quem ficou esperando a verba municipal tem um grande desafio na passarela. Sem falar nas escolas de acesso, que nada recebem”, enfatiza.
Em relação à antecipação dos desfiles de Carnaval, Aldinho explica que era uma reivindicação antiga para conseguirem transmissão em uma TV aberta e também mais público. “No ano passado, com a homenagem da Grande Rio, conseguimos antecipar e foi bom para todo mundo. Conseguimos vender todas as fantasias. O pessoal que gosta de desfilar pode fazê-lo aqui e depois partiu para o Rio ou São Paulo”, explica.
Passarela
Os desfiles acontecem no Sambodrómo Drauzio da Cruz, que neste ano não terá arquibancadas. A estrutura foi substituída por cinco frisas cobertas, que receberão mesas e cadeiras. Mais uma medida de redução de custos.
As escolas que desfilam na sexta (17) serão a Unidos da ZN e Real Sociedade (grupo de Acesso), seguidas pela Sangue Jovem, União Imperial, Brasil e X-9 (grupo especial). No sábado (18), será a vez da Bandeirantes do Saboó e Dependente do Samba (Acesso), além de Vila Mathias, Padre Paulo, Unidos dos Morros e Amazonense. No domingo (19), desfilam as escolas do Grupo 1, formado pelos Dragões do Castelo, Império da Vila, Mãos Entrelaçadas, Unidos da Baixada e Imperatriz Alvinegra.
Sem tendas
Sem as tradicionais cinco tendas na praia neste verão, o projeto Santos Arte e Cultura – no entanto – continuará com a programação durante o Carnaval em seis diferentes pontos ao ar livre. “Deixamos de ter a estrutura das tendas, mas investimos na contratação de mais artistas e ampliamos para seis os pontos de eventos”, explica o secretário, que acredita que se por um lado a crise é negativa por outro pode ser positiva para a Cidade trazendo mais turistas da Capital e interior.
E o tradicional Carnabonde está confirmado para o sábado de Carnaval (dia 25), a partir das 11 horas. No ano passado, a festa atraiu mais de 10 mil pessoas para a Praça Mauá que tiveram como principal trilha sonora antigas e novas marchinhas.
Foliões já invadem as ruas
A chave da Cidade ao Rei Momo ainda não foi entregue pelo prefeito, mas a folia já teve início na sexta-feira (10) com as bandas de ruas. Ao todo, 56 bandas agitam as ruas diariamente na Cidade até o dia 28 de fevereiro.
Programação
Neste sábado (11) as bandas são do Jaú (14h às 16h, na Rua Alexandre Fleming, no Aparecida), Skinão (16h às 18h, Rua Nilo Peçanha, no Marapé), Azul e Branco (16h às 18h, no Largo do São Bento, no Morro São Bento), White Day (18h às 20h, na Rua Armando Sales de Oliveira, no Boqueirão) e Bebo mas não travo (19h às 21h, na Rua Adolfo Assis, na Vila Belmiro).
Os destaques de domingo (12) são Padre Anchieta (14h às 16h, Rua Padre Anchieta, no Macuco), Vila Santista (14h às 16h, Rua Bernardo Browne, Estuário), Dragão (16h às 18h, na Praça Joaquim Murtinho, no Embaré), Vahia de Abreu (17h às 19h, na Rua Vahia de Abreu, no Boqueirão), Nação Imperial (19h às 21h, na Rua São Judas Tadeu, no Marapé).