A escolha de João Doria como candidato do PSDB ao governo do Estado incomodou muitos tucanos tradicionais.
Afinal, nomes de peso do PSDB estão deixando o ninho tucano para não terem que apoiar o prefeito paulistano.
Depois do ex-presidente da Assembleia Legislativa, Barros Munhoz, agora o subsecretário de Assuntos Metropolitanos, Edmur Mesquita, um dos tucanos considerados históricos, anunciou a saída do PSDB.
E garantiu que não será candidato a deputado estadual.
Tudo indica que o PSB será o seu destino.
O interessante é que Mesquita chegou a ser responsável pelo plano de governo de Doria à Prefeitura de São Paulo.
Confira o conteúdo da carta encaminhada por Edmur à Imprensa, onde fala da saída do partido e da desistência de concorrer à Assembleia Legislativa.
NOTA À IMPRENSA
‘Nunca sabemos a força que temos até que a única alternativa seja ser forte’.
Como é de conhecimento público, fiz a inscrição de minha candidatura para concorrer ao cargo de Deputado Estadual.
O desejo de retomar o mandato e representar o povo paulista em seu parlamento foi um forte sentimento.
Numa crise nunca vivida antes nessa República, acreditei, com a história que escrevi desde a juventude, que era minha missão colaborar para alterar o curso dos acontecimentos.
O destino, após refletir com profundidade, exigiu de mim uma nova opção de vida: a de não ser candidato e dar prosseguimento ao trabalho que desempenho ao longo dos últimos anos.
Aceitei, livre e conscientemente, enfrentar o desafio de contribuir com o futuro Governador Marcio França. Acompanho sua trajetória a partir da nossa mocidade. É portador de predicados extraordinários: talentoso, criativo, acredita nas causas que abraça e, sobretudo, é sério e honrado.
Junto-me a ele para trilhar um caminho comum, de sonhos e expectativas cultivadas a favor da nossa gente.
Sua experiência, ao lado do Governador Geraldo Alckmin, exemplo de servidor público e que irá, certamente, liderar o país, o credencia a ser o seu herdeiro político.
Marcio França, com sua capacidade intelectual e de trabalho, dará continuidade a um projeto exitoso de administração pública que teve a sua origem com Mario Covas, José Serra e Geraldo Alckmin.
Finalmente, por razões de natureza ética, irei solicitar a desfiliação do PSDB.
A começar de sua fundação, não desviei dos princípios consagrados no estatuto e seu conteúdo programático.
A minha palavra, às maiores lideranças e a toda militância, será sempre de gratidão.
Com esperança renovada e enorme entusiasmo, reitero os compromissos com a verdade e a busca da justiça social’.
Edmur Mesquita