
Dinheiro do povo I
Nem mesmo os milhões de desempregados e queda no faturamento da indústria e comércio sensibilizaram os deputados estaduais paulistas que não se fizeram de rogados e aprovaram, por 67 votos a favor e quatro contrários, a Proposta de Emenda Constitucional, que eleva o teto salarial de várias carreiras, como agentes fiscais de renda e auditores fiscais.

Dinheiro do povo II
A medida, de autoria do presidente do PTB paulista, Campos Machado (foto), eleva o limite salarial dos servidores estaduais de São Paulo para R$ 30.471,11, o mesmo dos desembargadores da Justiça.
Dinheiro do povo III
O reajuste será gradual ao longo dos próximos quatro anos.
O valor da fatura com esta alteração constitucional sairá caro para o bolso dos paulistas: R$ 909 milhões.
A folha de pagamento de abril – última divulgada – do governo de São Paulo foi de R$ 1,8 bilhões.

Pelo ralo
Outra forma de escárnio com o dinheiro público ocorre com as verbas de gabinete dos parlamentares usadas para fins teoricamente ligados aos respectivos mandatos.
Como a fiscalização é nula (basta apresentar as notas fiscais para o pagamento, sem a verificação real do serviço realizado como descrito), abre-se uma brecha enorme para os mais variados serviços, alguns claramente com valores bem acima dos praticados no mercado.
Adivinhem quem paga a conta?

Solo paulista
Por exemplo, os 94 deputados paulistas gastaram em abril passado R$ 1,944 milhões em despesas como combustíveis, locação de bens, materiais gráficos, entre outros gastos.
Ressalte-se que não estão incluídas as nomeações de funcionários.
O valor traz uma média de R$ 20.680 por parlamentar ao longo do mês (ou R$ 690/dia). Imagine, você, leitor, se tivesse à disposição esta quantia para gastar a seu bel prazer?
Paulistas em solo federal I
Pior ocorre com os 70 representantes paulistas em Brasília.
Desde o início do atual mandato (em fevereiro de 2015) até abril passado, os nobres parlamentares gastaram R$ 88,2 milhões em cotas parlamentares.
Paulistas em solo federal II
Na média ao longo destes 39 meses de mandato foram gastos R$ 2,262 milhões por parlamentar paulista.
Dividindo pelos 70, chega-se a impressionantes R$ 32.324,63 (R$ 1.077/dia), em média.
Valor para manutenção apenas das respectivas cotas, além de passagens aéreas.
E ainda: serviços de comunicação, locação de imóveis e material de expediente, entre outros ‘mimos’.
Paulistas em solo federal III
Além disso, eles têm direito a verba de gabinete no valor de R$ 78 mil para contratação de secretários parlamentares e mais R$ 3.800 (auxílio-moradia) se não morarem em apartamentos funcionais.
O limite mensal por deputado paulista é de R$ 37.043,53.

Este Beto não sou eu
Citado em reportagem no Jornal Nacional como um dos supostos beneficiários de um esquema de propinas no Porto de Santos, o deputado Beto Mansur (MDB) nega de pés juntos ser o Beto mencionado na planilha feita pela Polícia Federal.

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Justo reconhecimento
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou projeto do deputado João Paulo Papa (PSDB).
A proposta declara o sanitarista Francisco Saturnino Rodrigues de Brito como Patrono da Engenharia Sanitária do Brasil.
Agora, a matéria segue para o Senado.
Um justo reconhecimento à genialidade de um engenheiro cujos projetos permanecem em operação por mais de um século.
Quem Responde?
Com..
o fogo amigo que cresce entre partidos aliados, como o DEM, e até dentro do PSDB, será que o ex-governador Geraldo Alckmin conseguirá levar sua candidatura presidencial até o fim?
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