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Opiniões

09 DE JUNHO DE 2018

De quem é o dinheiro do povo?

Por: Da Redação

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Liberação de recursos do PIS e PASEP

 

Dinheiro do povo I

Nem mesmo os milhões de desempregados e queda no faturamento da indústria e comércio sensibilizaram os deputados estaduais paulistas que não se fizeram de rogados e aprovaram, por 67 votos a favor e quatro contrários, a Proposta de Emenda Constitucional, que eleva o teto salarial de várias carreiras, como agentes fiscais de renda e auditores fiscais.

Dinheiro do povo II

A medida, de autoria do presidente do PTB paulista, Campos Machado (foto), eleva o limite salarial dos servidores estaduais de São Paulo para R$ 30.471,11, o mesmo dos desembargadores da Justiça.

 

Dinheiro do povo III

O reajuste será gradual ao longo dos próximos quatro anos.

O valor da fatura com esta alteração constitucional sairá caro para o bolso dos paulistas: R$ 909 milhões.

A folha de pagamento de abril – última divulgada – do governo de São Paulo foi de R$ 1,8 bilhões.

 

Pelo ralo

Outra forma de escárnio com o dinheiro público ocorre com as verbas de gabinete dos parlamentares usadas para fins teoricamente ligados aos respectivos mandatos.

Como a fiscalização é nula (basta apresentar as notas fiscais para o pagamento, sem a verificação real do serviço realizado como descrito), abre-se uma brecha enorme para os mais variados serviços, alguns claramente com valores bem acima dos praticados no mercado.

Adivinhem quem paga a conta?

 

Solo paulista

Por exemplo, os 94 deputados paulistas gastaram em abril passado R$ 1,944 milhões em despesas como combustíveis, locação de bens, materiais gráficos, entre outros gastos.

Ressalte-se que não estão incluídas as nomeações de funcionários.

O valor traz uma média de R$ 20.680 por parlamentar ao longo do mês (ou R$ 690/dia). Imagine, você, leitor, se tivesse à disposição esta quantia para gastar a seu bel prazer?

 

Paulistas em solo federal I

Pior ocorre com os 70 representantes paulistas em Brasília.

Desde o início do atual mandato (em fevereiro de 2015) até abril passado, os nobres parlamentares gastaram R$ 88,2 milhões em cotas parlamentares.

 

Paulistas em solo federal II

Na média ao longo destes 39 meses de mandato foram gastos R$ 2,262 milhões por parlamentar paulista.

Dividindo pelos 70, chega-se a impressionantes R$ 32.324,63 (R$ 1.077/dia), em média.

Valor para manutenção apenas das respectivas cotas, além de passagens aéreas.

E ainda: serviços de comunicação, locação de imóveis e material de expediente, entre outros ‘mimos’.

 

Paulistas em solo federal III

Além disso, eles têm direito a verba de gabinete no valor de R$ 78 mil para contratação de secretários parlamentares e mais R$ 3.800 (auxílio-moradia) se não morarem em apartamentos funcionais.

O limite mensal por deputado paulista é de R$ 37.043,53.

 

Este Beto não sou eu

Citado em reportagem no Jornal Nacional como um dos supostos beneficiários de um esquema de propinas no Porto de Santos, o deputado Beto Mansur (MDB) nega de pés juntos ser o Beto mencionado na planilha feita pela Polícia Federal.

 

00

Justo reconhecimento

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou projeto do deputado João Paulo Papa (PSDB).

A proposta declara o sanitarista Francisco Saturnino Rodrigues de Brito como Patrono da Engenharia Sanitária do Brasil.

Agora, a matéria segue para o Senado.

Um justo reconhecimento à genialidade de um engenheiro cujos projetos permanecem em operação por mais de um século.

 

Quem Responde?

Com..

o fogo amigo que cresce entre partidos aliados, como o DEM, e até dentro do PSDB, será que o ex-governador Geraldo Alckmin conseguirá levar sua candidatura presidencial até o fim?

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