Manifesto Positio Fraternitatis Rosae Crucis | Boqnews
Arte: Alberto Rocha/AMORC ORDEM ROSA CRUZ

Opiniões

29 DE JULHO DE 2019

Manifesto Positio Fraternitatis Rosae Crucis

Por: Da Redação

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De 2001, o documento chama a atenção para o momento histórico

© agosto 2001 Ordem Rosacruz, AMORC

Esta obra é a continuidade dos Manifestos Rosacruzes publicados no século XVII em que a Ordem Rosacruz torna pública sua posição diante do estado atual do mundo, e constitui um elo de ligação entre os rosacruzes do passado, do presente e do futuro. Assim sendo, este Manifesto não é destinado unicamente aos Rosacruzes, mas deve ser difundido amplamente para que sua mensagem seja conhecida pelo maior número de pessoas possível. Por isso, a Ordem Rosacruz, AMORC autoriza a sua reprodução e divulgação, pedindo apenas que lhe seja creditada a autoria.

Este pronunciamento internacional publicado pela Suprema Grande Loja da Ordem Rosacruz, AMORC, foi traduzido e editado na: Grande Loja da Jurisdição de Língua Portuguesa. Rua Nicarágua, 2620 – Bacacheri – 82515-260 – Curitiba – Pr Caixa Postal 4450 – 82501-970 Fone (0**41) 3351-3000 – FAX (0**41) 3351-3065 www.amorc.org.br Este documento está registrado no 4º Ofício de Registro de Títulos e Documentos da Comarca de Curitiba – Pr – Protocolo nº 16.231-A de 02/08/2001

PRÓLOGO

Caro leitor:

Por não podermos nos dirigir diretamente a você, fazemo-lo por meio deste Manifesto. Esperamos que tome conhecimento dele sem preconceito e que ele suscite em você ao menos uma reflexão. Não queremos convencê-lo da legitimidade desta Positio, mas partilhá-la livremente com você. Naturalmente, esperamos que ela encontre um eco favorável em sua alma. Caso contrário, apelamos à sua tolerância…

Em 1623, os rosacruzes afixaram nos muros de Paris cartazes ao mesmo tempo misteriosos e intrigantes. Eis o seu texto:

“Nós, deputados do Colégio principal da Rosa+Cruz, demoramonos visível e invisivelmente nesta cidade pela graça do Altíssimo, para O Qual se volta o coração dos Justos. Mostramos e ensinamos a falar sem livros nem sinais, a falar todas as espécies de línguas dos países em que desejamos estar para tirar os homens, nossos semelhantes, de erro de morte. Se alguém quiser nos ver somente por curiosidade, jamais se comunicará conosco, mas, se a vontade o levar realmente a se inscrever no registro de nossa Confraternidade, nós, que avaliamos pensamentos, faremos com que ele veja a verdade de nossas promessas; tanto é assim que não estabelecemos o local de nossa morada nesta cidade, visto que os pensamentos unidos à real vontade do leitor serão capazes de nos fazer conhecê-lo, e ele a nós.”

Alguns anos antes, os rosacruzes já se haviam dado a conhecer publicando três Manifestos deste então célebres: Fama Fraternitatis, Confessio Fraternitatis e O Casamento Alquímico de Christian Rosenkreutz, que apareceram respectivamente em 1614, 1615 e 1616.

Na época, esses três Manifestos suscitaram numerosas reações, não somente da parte dos meios intelectuais, mas também das autoridades políticas e religiosas. Entre 1614 e 1620, cerca de 400 panfletos, manuscritos e livros foram publicados, alguns para elogiálos, outros para os denegrir. De qualquer forma, seu aparecimento constituiu um evento histórico muito importante, especialmente no mundo do esoterismo.

Fama Fraternitatis foi dirigido às autoridades políticas e religiosas, bem como aos cientistas da época. Ao mesmo tempo que fazia um balanço talvez negativo da situação geral na Europa, revelou a existência da Ordem da Rosa+Cruz através da história alegórica de Christian Rosenkreutz (1378-1484), desde o périplo que o levara pelo mundo inteiro antes de dar vida à Fraternidade Rosacruz, até à descoberta de seu túmulo. Esse Manifesto já fazia apelo a uma Reforma Universal.

Confessio Fraternitatis completou o primeiro Manifesto, por um lado insistindo na necessidade do ser humano e a sociedade se regenerarem e, por outro lado, indicando que a Fraternidade dos Rosacruzes possuía uma ciência filosófica que permitia realizar essa Regeneração. Nisso ela se dirigia antes de tudo aos buscadores desejosos de participar nos trabalhos da Ordem e promover a felicidade da Humanidade. O aspecto profético desse texto intrigou muito os eruditos da época.

O Casamento Alquímico de Christian Rosenkreutz, num estilo bastante diferente dos dois primeiros Manifestos, relatou uma viagem iniciática que representava a busca da Iluminação. Essa viagem de sete dias se desenrolava em grande parte num misterioso castelo onde deviam ser celebradas as bodas de um rei e de uma rainha. Em termos simbólicos, o Casamento Alquímico descrevia a jornada espiritual que leva todo Iniciado a realizar a união entre sua alma (a esposa) e Deus (o esposo).

Como sublinharam historiadores, pensadores e filósofos contemporâneos, a publicação desses três Manifestos não foi nem insignificante nem inoportuna. Ocorreu numa época em que a Europa atravessava uma crise existencial muito importante: estava dividida no plano político e se dilacerava em conflitos de interesses econômicos; as guerras de religiões semeavam desgraça e desolação, mesmo no seio das famílias; a ciência tomava impulso e já assumia uma orientação materialista; as condições de vida eram miseráveis para a maioria das pessoas; a sociedade da época estava em plena mutação, mas faltavam-lhe referências para evoluir no sentido do interesse geral…

A História se repete e põe regularmente em cena os mesmos eventos, mas numa escala geralmente mais vasta. Assim, perto de quatro séculos após a publicação dos três primeiros Manifestos, constatamos que o mundo inteiro, mais estritamente a Europa, enfrenta uma crise existencial sem precedentes, em todos os campos de sua atividade: política, econômica, científica, tecnológica, religiosa, moral, artística, etc.

Por outro lado, nosso planeta, isto é, nosso campo de vida e evolução, está gravemente ameaçado, o que justifica a importância de uma ciência relativamente recente, qual seja, a ecologia. Seguramente, a Humanidade atual não está bem. Por isso, fiéis à nossa Tradição e ao nosso Ideal, nós, Rosacruzes dos tempos atuais, julgamos que seria útil darmos testemunho disso através desta Positio.

Positio Fraternitatis Rosae Crucis não é um ensaio escatológico. De maneira nenhuma é apocalíptico. Como vimos de dizer, seu objetivo é transmitir nossa posição quanto ao estado do mundo atual e pôr em evidência o que nos parece preocupante para o seu futuro. Como já o fizeram em sua época nossos irmãos do passado, desejamos também apelar para mais humanismo e espiritualidade, pois temos a convicção de que o individualismo e o materialismo que prevalecem atualmente nas sociedades modernas não podem trazer aos homens a felicidade a que eles legitimamente aspiram.

Esta Positio, sem dúvida, parecerá alarmista para alguns, mas “não há surdo pior do que aquele que não quer ouvir e cego pior do que aquele que não quer ver”. A Humanidade atual está ao mesmo tempo perturbada e desamparada. Os imensos progressos que ela realizou no plano material não lhe trouxeram verdadeiramente felicidade e não lhe permitem entrever o futuro com serenidade: guerras, fome, epidemias, catástrofes ecológicas, crises sociais, atentados contra as liberdades fundamentais, são outros tantos flagelos que contradizem a esperança que o Ser Humano depositara em seu futuro.

Por isso dirigimos esta mensagem a quem a queira de bom grado ouvir. Ela segue a linha daquela que os rosacruzes do século XVII exprimiram através dos três primeiros Manifestos, mas, para compreendê-la, é preciso ler o grande livro da História com realismo e dirigir um olhar lúcido para a Humanidade, este edifício feito de homens e mulheres em via de evolução.

Continua…


­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­Propósito da Antiga e Mística Ordem Rosacruz – AMORC

A Ordem Rosacruz, AMORC, é uma Organização místico-filosófica mundial, não-religiosa, não-lucrativa, cultural, educacional e apolítica, destinada ao autoaperfeiçoamento do ser humano, visando o despertar de seus poderes interiores, para uma vida mais plena e integral, em paz e harmonia.

A Ordem conserva um conjunto de técnicas milenares, mas sempre atualizadas, comprovadas pelo tempo e capazes de promover este despertar.

A AMORC integra em seu quadro pessoas de todas as raças, idades, posições sociais e sexos, em clima de perfeita liberdade de pensamento. Guiar o ser humano rumo à sua própria liberdade interior, na comunhão consciente com o Universo, por meio do autoconhecimento, é a meta da AMORC.

Você está convidado a participar de nossa exploração das leis universais que regem a humanidade e o universo.

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Serviço:
Ordem Rosacruz, AMORC – Site: www.amorc.org.br (em Início, clique em O Domínio da Vida ou Câmara Externa e conheça mais sobre a Ordem Rosacruz. Você pode até experimentar os estudos)
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