Quando nossos avós eram jovens, as roupas que eles vestiam eram feitas por costureiras e alfaiates.
Eles tinham que comprar o tecido, tirar as medidas, fazer provas e, só depois de estar tudo mensurado e testado é que as peças ficavam prontas e aptas para uso.
Hoje em dia, mandar fazer uma roupa em uma costureira é muito mais raro.
Geralmente isso acontece em situações específicas, quando, por exemplo, a pessoa quer muito um modelo de roupa mais antigo, que não é feito em escala industrial, ou quando a peça é muito cara, mas ela quer ter uma roupa semelhante.
Apesar de não serem mais tão comuns, as peças feitas à mão estão voltando a ganhar destaque, principalmente porque muitas pessoas têm encontrado na costura uma forma de terapia.
Descobrir tecidos inovadores e sustentáveis, pesquisar diferentes moldes e silhuetas e construir as peças do zero são sensações muito divertidas e estão entre alguns dos atrativos da costura como terapia.
Tradição da costura
É difícil precisar exatamente em que momento a humanidade começou a costurar as suas próprias peças de roupa, mas, segundo alguns historiadores, essa tradição começou há milhares de séculos.
Mesmo quando o homem era ainda um nômade e vivia em cavernas, ele já fazia suas próprias roupas. É claro que os materiais eram muito mais rudimentares.
As agulhas, por exemplo, eram de ossos de animais, assim como os tecidos que eram de couro.
Artesãos e tecelões
Pode-se dizer, no entanto, que durante o período da Idade Média a costura começou a ganhar uma função estética, ou seja, neste período os artesãos começaram a criar peças não apenas funcionais, mas também mais sofisticadas.
É válido notar que geralmente eles próprios faziam os tecidos e manipulavam imensas máquinas de tear.
Só com a revolução industrial é que este processo mudou, tornando-se mais mecânico e rápido.
Primeira máquina de costura para roupas
A primeira máquina de costura para roupas surgiu no século 19 e pertencia ao francês Barthelemy Thimmonier.
A partir daí, mesmo com a resistência de milhares de costureiros e artesãos, a indústria têxtil começou a ganhar fôlego e as roupas passaram a ser feitas em escala industrial.
Por que a costura é terapêutica?
A costura pode ser uma boa atividade terapêutica, porque permite que a pessoa, a seu tempo e a seu modo, se envolva com uma ocupação que exige concentração, mas que também permite dar vazão à criatividade.
Ou seja, apesar de exigir atenção, a costura é uma atividade prazerosa, pois ativa a criatividade e a imaginação.
Quem sofre de depressão, ansiedade e estresse, por exemplo, acaba encontrando na costura uma forma de controlar a mente, de afastar os pensamentos negativos, além de canalizar a concentração para um intenso processo criativo.
Outro benefício da costura, é ajudar a restabelecer a autoestima da pessoa.
Isso porque, quando elas veem as peças prontas, voltam a se sentir capazes e valiosas.
E assim, impactam diretamente na percepção que elas têm delas próprias.
Como fazer da costura uma terapia
Para fazer da costura uma terapia não é necessário empreender muito dinheiro ou tempo.
Isto porque não é tão difícil aprender conceitos e pontos básicos e, além do mais, quem quer aprender a atividade tem diversos cursos à disposição.
Aprendendo com quem sabe
Foi-se o tempo em que as costureiras e os alfaiates guardavam a sete chaves a expertise da costura.
Hoje em dia, é cada vez mais comum encontrarmos profissionais destas áreas ministrando cursos para quem quer aprender a costurar.
E eles ensinam desde aspectos mais básicos, até atividades mais complexas, como tirar molde das roupas.
Aprendendo no Youtube
Para quem não tem uma graninha para fazer os cursos básicos e profissionalizantes com os experts na área, a alternativa é procurar vídeos no Youtube.
E, acredite, há muitos bons artesãos dando dicas incríveis e práticas de forma gratuita.
Comprar uma máquina portátil
Se você não herdou uma máquina de costuras da sua avó ou da sua mãe, não se preocupe: é possível adquirir uma por um preço bem honesto.
As máquinas oferecidas pelo mercado atualmente estão cada vez mais compactas, silenciosas e em conta.
Muitas são digitais e ajudam o artesão a fazer, automaticamente, alguns pontos mais complexos, por exemplo.
Comprando o material básico
Assim, outra boa notícia é que os materiais básicos para a costura, como os tecidos, linhas e agulhas, não são muito caros, o que torna a atividade bastante acessível e democrática.
Agora que você sabe um pouco mais sobre como a costura pode ser uma boa terapia, que tal começar a pôr as mãos nos tecidos?