O governo do Estado tem travado uma corrida contra o tempo para evitar a explosão do covid-19. Até o fechamento da coluna, São Paulo tinha 6.708 casos (de um total de 15.927 no Brasil), com 428 do total de óbitos do coronavírus.
Ponto de equilíbrio II
Apesar dos apelos por parte do governador João Doria, na prática, aos poucos, há uma preocupação clara em relação a atitudes de pessoas, que estão deixando de lado – por necessidade ou não – a quarentena.
Ponto de equilíbrio III
Nos primeiros dias da determinação do isolamento, em 24 de março, o volume de pessoas que permaneceram em casa chegou a 59% (o ideal seria 70%, segundo orientações de especialistas), mas vem caindo paulatinamente e atingiu na última semana, 49% – ou seja, mais gente nas ruas que em suas residências.
Dentro das expectativas
Em suas entrevistas coletivas, o governador João Doria destaca que graças a quarentena, o número de casos e mortes em São Paulo está dentro das expectativas previstas pelas autoridades de saúde. E prega pela conscientização coletiva para que não tenhamos uma explosão de casos.
Preocupação
No entanto, a medida que o tempo passa, as pessoas vêm ampliando suas dificuldades econômicas. Além disso, a fome bate à porta e não será fácil convencer cada vez mais os cidadãos a permanecerem isolados, pois nossa teia social é limitada em comparação a países europeus e os Estados Unidos, por exemplo.
Risco na Páscoa I
Prefeitos da Baixada Santista temem uma invasão de veículos nesta Páscoa em direção ao litoral. No ano passado, cerca de 265 mil veículos usaram o sistema Anchieta-Imigrantes no feriado. Até o governador João Doria reforçou o pedido para que as pessoas fiquem em casa e não viajem, especialmente ao litoral paulista, cujas praias estão fechadas.
Risco na Páscoa II
A despeito de barreiras terem sido montadas na entrada das cidades para evitar a chegada de turistas e motoristas com placas de outros municípios, os prefeitos sabem que é impossível agir no caso daqueles que são proprietários de imóveis nestas cidades.
Novo lar
Aliás, são cada vez mais frequentes as lâmpadas acesas em imóveis do litoral, como Guarujá, Praia Grande e na Riviera de São Lourenço, em Bertioga, sinalizando que a ocupação nos imóveis de veraneio tem crescido.
Abaixo da expectativa
Por sua vez, a Ecovias não estima a quantidade de veículos que descerão ao litoral, em razão do Covid-19, nesta Páscoa. Em nota, a concessionária avalia que o movimento estará bem abaixo da expectativa e que não serão necessárias montagens de operações especiais, como a tradicional 8 x 2, como ocorrem em outras datas prolongadas.
Só para lembrar
Não bastasse, além do feriado da Páscoa, teremos outros dois feriados prolongados pela frente. Dia 21 de abril, uma terça-feira, ainda dentro da quarentena decretada em São Paulo, e 1º de maio, uma sexta.
Bomba no colo I
O acordo firmado entre o grupo Ecorodovias e a concessionária Ecovias dos Imigrantes junto ao Ministério Público, em razão de pagamento de propinas para agentes públicos, caiu como uma bomba no PSDB, cujas delações envolvendo caciques do partido ainda serão reveladas.
Bomba no colo II
O grupo terá que investir R$ 638 milhões em obras e melhorias no sistema, sem contrapartidas. Em troca, a empresa se livra de sanções, inclusive o impedimento de participar de licitações. A concessionária venceu a licitação para explorar o pedágio da Anchieta/Imigrantes até 2026.
Pergunta da semana?
Dá certo mistura política partidária com saúde pública, como a expansão de casos do coronavírus no Brasil?
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