Segunda seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil mais antiga em atividade, a entidade de Santos completa 88 anos de existência nesta sexta (26).
Fundada por advogados que pretendiam fortalecer a categoria, seu primeiro presidente foi Waldomiro Silveira, que hoje empresta nome a uma rua do bairro do Boqueirão, em Santos, em um das regiões mais valorizadas do Município.
Assim, nestas últimas décadas, não é possível dissociar o nome da OAB Santos ao da advogada Tânia Machado de Sá.
Ela já ocupou os mais variados cargos à frente da diretoria da ordem em cinco gestões neste século.
Foi tesoureira (2001/2003), secretária (2004/2006 e 2007/2009), e secretária geral (2013/2015 e 2019/2021), função que ocupa até hoje.
Ou seja, apenas de forma eletiva, são 15 anos dedicados à instituição, que hoje abriga cerca de 70 funcionários entre fixos e terceirizados.
“Tenho muito orgulho de ser advogada e integrar esta magnífica diretoria”, ressaltou a advogada. “Meu partido é a OAB”, resume.

Tradicional Casa Amarela, onde funcionou o primeiro curso de Direito de Santos, e um dos pioneiros no Pais, que completa 70 anos em agosto.
A profissional também é professora do curso de Direito da Universidade Católica de Santos, que, aliás, completa 70 anos em agosto.
Faculdade, inclusive, que originou a própria universidade, por meio da criação da Sociedade Visconde de São Leopoldo.
Pioneirismo
A advogada – uma das primeiras mulheres “a usar calça comprida na faculdade de Direito e no Fórum de Santos, no início dos anos 70” – participou do Jornal Enfoque – Manhã de Notícias, apresentado pelo jornalista Francisco La Scala Jr.
Tânia falou das conquistas que a categoria obteve ao longo de sua existência, seja na criação da primeira faculdade de Direito, seja em lutas históricas, como no impeachment contra o ex-presidente Fernando Collor em 1992.
Categoria
Somente em Santos, são cerca de 8.400 advogados atuantes.
“Fomos pioneiros em vários serviços oferecidos à categoria”, enfatiza.
Ela cita exemplos como a informatização digital dos processos, iniciada em 2013; os escritórios compartilhados e, desde o ano passado, as videoaudiências.
“São salas com recursos audiovisuais para os advogados participarem de audiências, mas que não dispõem de condições de fazê-las”, acrescenta.
A profissional também analisou a decisão, por 3 votos a 2, do STF – Supremo Tribunal Federal em relação à suspeição em relação ao ex-juiz Sergio Moro em relação às denúncias contra o ex-presidente Lula.
“Esta decisão marcou a dificuldade do Supremo de falar como uma única voz. Acho que eles (ministros) têm que sentar e recuperar a confiança da população”, enfatizou, ressaltando que falava como cidadã – e não como diretora da OAB.
Confira o programa completo, que contou também com a presença da secretária de Saúde de Araraquara, Eliana Honain.