Utilizada em massagens, escalda-pés, banhos e inalações, os óleos essenciais, feitos com substâncias naturais e aromáticas, são utilizados em uma técnica holística, a aromaterapia. Comprovada pela ciência por meio de um estudo que gerou o prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia em 2004, os efeitos dos aromas nas emoções são uma arte terapêutica milenar. O tratamento à base das propriedades químicas dos óleos essenciais pode ajudar a tratar doenças e acalmar o corpo e a mente.
Produtos
Segundo a aromaterapeuta e diretora de um centro de saúde e bem-estar, Andréa Estrella, os óleos essenciais são extraídos de todas as partes das plantas, como raiz, caule, semente, flor ou fruto. Eles possuem propriedades bactericidas, anti-sépticas, desintoxicantes, adstringentes e desodorantes, e podem ser utilizados como coadjuvantes a tratamentos emocionais e medicinais, como redução de ansiedade, medos, nervosismo, TPM, bronquite, hipertensão e enjoos.
Existem mais de 500 tipos de óleos essenciais e cada um deles pode atuar ao menos em três aspectos dentro da área medicinal, emocional e dermatológica. Como exemplo, o óleo de laranja (citrus arantiun). Se usado como auxiliar para uso medicinal, pode obter resultados em sintomas de falta de apetite, cólicas e problemas digestivos. Este mesmo óleo pode ser utilizado para uso dermatológico para tratamentos de pele e para a celulite, assim como em casos de tensão nervosa, insônia, depressão e TPM.
Outro benefício é em relação ao estresse, de fundo emocional e psicológico. Andréa afirma que, para esses casos, existem no mercado óleos essenciais que auxiliam em acalmar e combater a insônia, como o de laranja, lavanda, manjerona, palmarosa, jasmim, bergamota e tangerina.
Restrições
De acordo com Andréa, cada óleo essencial, em função da sua composição química, possui propriedades benéficas para determinados tipos de problemas. “Um óleo essencial com propriedades vasodilatadoras, como o de alecrim, é ótimo para estimular, aquecer o tônico capilar, combater a retenção de líquido, celulite e a fadiga, porém ele não deve ser usado durante a gravidez, pois estimula a menstruação e nem pode ser usado em casos de epilepsia ou pressão alta”, afirma a especialista.
Andréa destaca que o único óleo essencial que é mais seguro se de utilizar é o de lavanda. “Seguro para o uso caseiro, podendo ser aplicado puro sobre a pele, sendo o único óleo essencial que se utiliza em gestantes”. As propriedades da lavanda são de caráter anti-séptico, analgésico, cicatrizante, relaxante muscular e antidepressivo.
O tratamento não é indicado às pessoas que sejam alérgicas a perfumes e aromas, porém ela pode ser extremamente útil para agregar valor aos tratamentos dermatológicos, medicinais e emocionais.
Cuidados
Diversos profissionais usam a terapia natural para ajudar seus pacientes a obter melhores resultados nos tratamentos propostos. Porém, este profissional deve ter formação na área de aromaterapia.
Outro cuidado é em relação as próprias substâncias. Os óleos essenciais são concentrados e devem ser usados diluídos e só um médico ou terapeuta qualificado é habilitado a orientar o uso, desde o percentual de diluição ao método de utilização, pois, uma gota de óleo essencial corresponde a 30 xícaras de chá ou 30 gramas da planta ou erva de onde foi extraído. Os óleos são contraindicados para ingestão e os cítricos são fotossensibilizantes e, portanto, devem ser evitados antes da exposição ao sol, pois podem causar manchas na pele.
Brasil
No Brasil, a aromaterapia ainda não foi reconhecida e regulamentada pelo Ministério da Saúde como terapia complementar.