Faltou sensibilidade ao presidente Jair Bolsonaro ao vetar o projeto que previa a entrega gratuita de absorventes íntimos às mulheres carentes.
De autoria da deputada Tabata Amaral (PSB-SP), a proposta recebeu o apoio dos colegas na Câmara Federal e no Senado.
Indignada, a parlamentar foi à tribuna para pedir apoio dos seus pares para derrubar o veto do presidente.
Assim como no Senado.
Na sua justificativa, Bolsonaro alegou que não havia recursos no programa.
“Quando Bolsonaro diz que o projeto é inconstitucional, esquece do fato de meninas e mulheres passarem por este sofrimento de não irem à aula, nem ao emprego”, destacou.
Citou ainda casos de meninas e mulheres que têm sérios problemas de saúde decorrentes do fato “de usar um pedaço de jornal, um pano velho ou um pedaço de pão”, em substituição aos absorventes, cujo custo é proibitivo.
Afinal, quem tem um ciclo menstrual de quatro dias, gasta, em média, no mínimo, R$ 30.
Para se ter ideia, valor equivalente a 1/3 da renda per capita familiar de 8.938 moradores de Santos, conforme dados do Ministério da Cidadania.
Portanto, proposta mais que justa a ser derrubada pelos parlamentares.
E colocada em prática, pois trata-se de uma situação mensal que milhares de mulheres sofrem.