Após a explosão de casos no início de janeiro, a pandemia da Covid-19 começa a perder força em Santos.
Prova disso, é o número de internações na cidade por conta da doença. Na última quinta-feira (3), o número chegou a 34.
Além disso, o município registra 21% na ocupação de leitos UTI/Covid (132 leitos disponíveis).
Mudanças
O cenário da pandemia da Covid-19 traz constantes mudanças.
Vale destacar que no dia 11 de dezembro haviam apenas 19 pessoas internadas por Covid-19 na cidade. Assim, a ocupação era de 23% (106 leitos disponíveis).
Contudo, a chegada da variante Ômicron trouxe preocupação para as autoridades e os casos dispararam, sobretudo após as festas de fim de ano. Dessa forma, o número de pessoas internadas ultrapassou a marca de 100 em janeiro e no início de fevereiro. Com isso, a Prefeitura de Santos precisou abrir mais leitos.
O dia com a pior marca aconteceu em 25 de janeiro, quando haviam 138 pessoas internadas e a ocupação de leitos UTI/Covid chegava a 70% (115 leitos disponíveis).
Da mesma forma que houve a explosão de casos, teve a queda.
Prova disso é a procura cada vez menor nas farmácias da região. A Reportagem entrou em contato com uma farmácia no bairro do Boqueirão que informou que o número de testes não passa de 15 por dia.
Para se ter uma ideia, em janeiro, a pessoa precisava agendar com dias de antecedência para fazer o teste, a farmácia atendia cerca de 30 pessoas por dia, por conta dos protocolos. Contudo, a demanda era bem maior.
A solução era encaminhar as pessoas para outras lojas da rede.
É importante frisar que a vacinação teve um papel fundamental para evitar casos graves e mortes, prova disso é que não foi necessário medidas mais restritivas, algo que ocorreu em 2020 e no ano passado, como o fechamento do comércio e a suspensão de atividades culturais e esportivas. Santos já tem 85,57% da população vacinada com as duas doses ou a dose única da Janssen.
Além disso, 47,3% da população já recebeu a dose de reforço.
Infectologista
De acordo com o infectologista, Evaldo Stanislau, o cenário para os próximos meses para a Baixada Santista, é bom aparentemente, pois os casos de internações e mortes tiveram uma queda. “A gente não sabe quanto tempo isso vai se sustentar, pois a durabilidade da memória imunológica da vacina pode variar ao longo dos meses. Vai depender muito se irá surgir uma nova variante”, explicou.
Apesar do cenário promissor, Stanislau alerta que é necessário manter alguns protocolos de segurança, como o uso de máscara em ambientes aglomerados ou locais fechados.
No caso de ambientes abertos, sem aglomeração, o infectologista acredita que a máscara já pode ser descartada, diante da diminuição da circulação do vírus.