O esporte é uma das áreas, na qual a mulher mais quebrou barreira ao longo do tempo.
No Brasil, o futebol é um reflexo deste cenário.
Para se ter uma ideia, na década de 30, o futebol feminino era disputado em circos.

Futebol feminino sendo anunciado em circo no início do século XX/Foto: Acervo/Museu do Futebol
A situação se agravou durante o governo de Getúlio Vargas que proibiu a prática desta modalidade para o público feminino em 1941.
A lei atravessou décadas e só terminou no ano de 1979.
Evolução
O futebol feminino no Brasil vem ganhando destaque desde a década de 90.
Entretanto, nos últimos anos, a modalidade teve ainda mais holofotes, com as competições nacionais, organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e transmissões de jogos pela televisão aberta.
Vale destacar que a Seleção Feminina já chegou em duas finais olímpicas, em 2004 e 2008, quando foram derrotadas para os Estados Unidos.
Além disso, as mulheres do Brasil foram vice campeãs da Copa do Mundo em 2007; derrota para a Alemanha na grande decisão.
Atualmente, a Seleção tenta voltar as épocas de glórias.
Pioneirismo

Sereias da Vila conquistaram o segundo título da Copa Libertadores no ano de 2010/Foto: Divulgação/SFC
O Santos FC foi um dos clubes pioneiros do futebol feminino no País.
O time foi criado no ano de 1997.
Vale destacar que a equipe encantou o Brasil entre 2006 e 2011 e chegou a contratar Marta no ano de 2009.
O time mágico tinha atletas de destaque, como Cristiane, Maurine, Érika e Aline Pellegrino, além do técnico Kleiton Lima, um dos pilares para a montagem do projeto.
As Sereias da Vila colecionam troféus em sua rica história, como as conquistas da Copa Libertadores (2), Campeonato Brasileiro (1), Copa do Brasil (2), Liga Nacional (1), Campeonato Paulista (4), Copa Mercosul (1) e Torneio Internacional (1).
Referência
Ketlen Wiggers é uma das jogadoras que mais representam as mulheres no futebol do Brasil.
A atleta que nasceu em Santa Catarina, chegou ainda adolescente ao Santos no ano de 2007.
Logo nos primeiros anos de clube, Ketlen colecionou títulos.
Em 2009, ela chegou a marcar um dos gols do título das Sereias na final da Libertadores, disputada na Vila Belmiro.
O Santos goleou o Universidad Autônoma (Paraguai) por 9 x 0 e Ketlen marcou o último gol da equipe brasileira.
É importante frisar que o Santos desativou o futebol feminino no ano de 2012, centenário do clube, na gestão de Luís Álvaro Ribeiro.
A equipe voltou em 2015, quando o até então presidente Modesto Roma Júnior reativou o projeto e contratou diversas atletas que já tinham vestido a camisa do Santos, caso de Ketlen.
Em sua segunda passagem, Ketlen ajudou a equipe a conquistar o Campeonato Brasileiro em 2017 e o Paulistão no ano seguinte.
A atacante é a maior artilheira do clube com 162 gols.
No ano de 2020, a jogadora ganhou uma homenagem do clube, com a pintura do seu rosto no CT Rei Pelé.

Ketlen é a maior artilheira do Santos FC/Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/SFC
Dia da Mulher
Ketlen destacou o momento do futebol feminino no Brasil.
“O espaço tenha ganhado visibilidade nas mídias, as pessoas estão cada vez mais se apaixonando e acompanhando o futebol feminino. Estamos ganhando mais torcedores”, citou.
Para Ketlen, mulheres estão ganhando um espaço que era ocupado por homens, seja no esporte ou nos trabalhos.
“Desejo que as mulheres possam seguir sonhando em alcançar seus objetivos. Se quer jogar futebol, ou qualquer outra modalidade, que esse sonho se torne real