Depois de 13 dias, a greve dos funcionários dos Correios segue criando dificuldades na entrega de cartas e encomendas em todo o País. Na Baixada Santista e na Grande São Paulo, o atraso entre postagem e recebimento das cartas chega a quatro dias. E não há sinais de que o movimento grevista se encerre nos próximos dias.
“Vamos realizar uma assembleia nesta quarta-feira na Praça Mauá, em Santos, a partir das 14h, para que a categoria possa se manifestar sobre a greve e o que podemos fazer. Os Correios não querem falar conosco e a gente só trabalha quando falar com eles”, explica o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintect), Francisco Nunes.
O movimento dos carteiros, operadores de transbordo e triagem e do pessoal do setor administrativo tem como pano de fundo a negociação salarial. Os trabalhadores pediram R$ 400,00 de aumento real. Os Correios ofereciam R$ 50,00 de aumento real e mais um abono de R$ 800,00 em cota única. Nada de acordo. O Sintect desceu a proposta de R$ 400,00 para R$ 150,00. Impasse mantido.
Enquanto não surge uma solução, os Correios montam mutirões aos finais de semana e trazem para a área operacional funcionários do setor administrativo. A operação foi realizada na Baixada Santista nos dois últimos sábados e domingos.
A orientação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) é de que as instituições sejam sensíveis e tolerem eventuais atrasos no pagamento de contas, que estão atrasadas por conta da greve de 1,1 mil pessoas na região.