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14 DE DEZEMBRO DE 2012

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SantosFC comemora 10 anos do Brasileirão de 2002, um marco no futebol-arte

Dez anos podem parecer muito. Ou pouco. E, uma década, muita coisa pode acontecer. Neste período, o mundo mudou muito. Mas, um marco, que teve o seu início há exatos dez anos, deve ser celebrado: a volta do futebol-arte. Neste mesmo dia 15 de dezembro de 2002, o SantosFC, comandado em campo por dois moleques, […]

Por: Da Redação

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Dez anos podem parecer muito. Ou pouco. E, uma década, muita coisa pode acontecer. Neste período, o mundo mudou muito. Mas, um marco, que teve o seu início há exatos dez anos, deve ser celebrado: a volta do futebol-arte. Neste mesmo dia 15 de dezembro de 2002, o SantosFC, comandado em campo por dois moleques, de 17 e 18 anos, encantava o País novamente com a alegria de se jogar futebol. Era ano de título, dia de festa, momento de sair da fila. Há dez anos, o Peixe conquistava, com o endiabrado Robinho e o clássico Diego, o Campeonato Brasileiro, primeiro neste formato, iniciado em 1971.
18 anos na “fila” – A equipe, que vinha de 18 anos sem um título de expressão (mesmo tendo conquistado o Rio-São Paulo em 1997 e a Conmebol, em 1998), sentia a cobrança da torcida. Faixas de cabeça para baixo como sinal de protesto na Vila Belmiro; torcedores invadindo treinos e pressionando atletas. Enquanto o “trio de ferro” celebrava conquistas, os santistas amargavam gozações.
Mas isso teve fim no ano que tinha tudo para terminar mal. Em 2002, o Santos foi eliminado do Rio-São Paulo, que naquela época foi ampliado e teve seu formato modificado. Por isso, não disputou o Paulistão. Graças a isso e a uma janela de quatro meses programada por conta da Copa do Mundo, a equipe ficou todo este tempo sem atuar. Emerson Leão, vindo de um fracasso na seleção brasileira, assumiu o desafio. Não havia recursos. A situação era difícil.
Jogadores festejam com a taça: título colocou nome dos atletas na história
Aposta nos meninos – Marcelo Teixeira, que presidia o Alvinegro da Vila à época, lembra bem de tudo isso. “As esperanças eram pequenas para uma conquista de expressão em curto espaço de tempo, devido a nossa estrutura, até então arcaica, e pela qualidade técnica da equipe no departamento de futebol”, recorda. Segundo ele, o trabalho do treinador foi fundamental. “O Leão e sua Comissão Técnica trabalharam muito, com toda a sua capacidade e competência”. 
E quem se lembra muito bem disso é o meia Robert. À época, o mais experiente no elenco recheado de jovens – tinha 31 anos – ele teve a missão de ser o responsável por segurar a garotada que, segundo ele, “não dava trabalho nem era irresponsável na hora dos treinamentos”. 
O SantosFC jogou bem aquele Brasileiro, sempre entre os líderes (foi o último torneio disputado no sistema de mata-mata). Uma queda de desempenho na reta final quase pôs a perder tudo que os santistas haviam conquistado. Mas aquele ano era do Peixe e um resultado inesperado na última rodada (derrota do Alvinegro para o São Caetano e goleada do Gama – já rebaixado – sobre o Coritiba) renderam a classificação às oitavas.
“Eu acredito que foi coisa de Deus mesmo. Ele nos abençoou e nos deu a chance de ir para o mata-mata”, aponta Robert. 
A história tratou de colocar o São Paulo FC, o “Real Madrid brasileiro”, à frente dos Meninos da Vila. Mas nada parecia tirar o brilho daquela molecada. Robert, o único remanescente de 1995(vice-brasileiro) no elenco, tinha uma motivação especial. “Estava engasgado, frustrado, assim como toda a torcida do Santos”. A torcida sentia a empolgação. Veio a semifinal, o Grêmio, e tudo passou sem sustos. A final contra o Corinthians era o momento da redenção.
“Ainda estava com a eliminação do Paulista de 2001 no último segundo do jogo na memória”, frisa Robert. “A torcida, que mantinha as suas faixas e o escudo do clube de cabeça para baixo, dividiu o Morumbi confiando naqueles meninos que demonstravam amor e luta, dispostos a encerrar o incômodo jejum de conquistas expressivas”, recorda Marcelo Teixeira. E vieram as duas vitórias, o título e a afirmação: renascia o SantosFC, berço do futebol-arte.
De lá para cá foram sete participações em Libertadores e 10 títulos. Dez. O número de Pelé, encarado com responsabilidade por Diego. Uma década de mais alegrias que tristezas. E a certeza de que o Santos sempre será sinônimo de felicidade quando se trata de futebol.    

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