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25 DE OUTUBRO DE 2024

Voto nos menos rejeitados

Humberto Challoub

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Encerrado o período reservado à propaganda eleitoral no segundo turno das eleições municipais, os eleitores voltam às urnas neste domingo (27) para escolher prefeitos que, nos próximos quatro anos, estarão no comando das suas respectivas cidades.

Polarizadas por posições contrastantes e por vezes radicais, as campanhas mais uma vez pouco contribuíram para o entendimento pleno dos projetos e programas defendidos pelas candidaturas, porém foram, em sua grande maioria, eficientes para alimentar sentimentos de contrariedade e rejeição.

Diante da configuração de um cenário maniqueísta e antagônico, resta a maior parte do eleitorado decidir pelo voto de rejeição para evitar o candidato indesejado, mesmo sem a convicção e a certeza de que seu oponente atenderá efetivamente as principais demandas necessárias para tornar melhor as condições de vida da população.

No atual contexto, aos vencedores da disputa, portanto, caberá entender que, apesar da obtenção da maioria dos votos também terão o desafio de vencer, durante seu mandato, a desconfiança dos eleitores contrários, adotando ações e realizações efetivas capazes de apaziguar as divergências sociais geradas pelos conflitos éticos e morais suscitados durante o período de embate eleitoral.

Mesmo que imperfeito, havemos de reconhecer que o regime democrático ainda é o único sistema político realmente capaz de legitimar o desejo da maioria, mesmo que, por vezes, essas escolhas sejam equivocadas e, ao final, não resultem no melhor para o bem comum.

Assim, mais do que nunca, é necessário o entendimento de que, sejam quais forem os candidatos escolhidos, caberá ao cidadão comum fiscalizar os atos dos futuros mandatários, contribuindo para a união de esforços dirigidos a assegurar a retomada do desenvolvimento econômico e social das cidades e, sobretudo, com extrema vigilância para garantir que seus direitos fundamentais nas áreas da educação, saúde, segurança, habitação e mobilidade.

Da mesma forma, somam-se a isso a preservação de valores imprescindíveis que assegurem respeito às liberdades individuais, de credo, das opções de gênero e à dignidade humana.

Não há de se esperar por milagres ou por soluções simplistas para a resolução dos principais problemas que afetam as cidades há décadas.

Dessa forma, mais do que nunca é preciso colaborar com os futuros prefeitos, unindo esforços e colaborando com projetos de interesse coletivo.

O exercício da cidadania, juntamente com a cobrança de transparência e eficiência das administrações municipais, são as melhores maneiras de alcançar benefícios reais ao conjunto da sociedade, especialmente aos que mais necessitam.

 

Humberto Challoub é jornalista, diretor de redação do jornal Boqnews e do Grupo Enfoque de Comunicação

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