As obras de recuperação dos canais de drenagem e canalização na avenida Eduardo Souto, em São Vicente, na Baixada Santista, estão 98% concluídas. A iniciativa visa beneficiar os moradores da cidade que sofrem com as fortes enchentes e os frequentes alagamentos devido às chuvas e períodos de maré alta, principalmente no verão.
No total, 335 mil pessoas que frequentam a região serão beneficiadas com as obras, que têm previsão de serem finalizadas em dezembro deste ano. O investimento de R$ 30,5 milhões vai reduzir o risco de alagamentos que historicamente atingem os bairros Cidade Náutica e Vila Jóquei Club.
Importância
A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) do Estado de São Paulo, Natália Resende, e a diretora-presidente da SP Águas, agência de recursos hídricos do estado, Marise Grinstein, visitaram as obras na manhã desta quinta-feira (14).
“A entrega dessa obra será essencial para a população da cidade. A região sofre há anos com as enchentes e alagamentos causados pelas chuvas e a maré alta que afetam a rotina e vida dos frequentadores. Além disso, estamos vivendo com mais intensidade os efeitos dos eventos extremos que estão ocorrendo com mais frequência em todo mundo. O Estado tem se preparado e está com um planejamento robusto para enfrentar essas mudanças e deixar as cidades cada vez mais preparadas, minimizando os efeitos climáticos”, comentou a secretária Natália.
A intervenção inclui a recuperação da estrutura hidráulica dos canais de drenagem existentes e a implantação de comportas para controlar o fluxo de água, impedindo que a maré alta interfira no sistema e cause o transbordamento. A obra já está com 98,40% de execução.
“A recuperação dos canais e a instalação do conjunto de comportas representam um passo importante para minimizar o impacto das cheias em São Vicente. Com essas medidas, estamos proporcionando mais segurança aos moradores que sofrem há anos com os alagamentos provocados por eventos climáticos extremos”, comentou Marise.
Ações de combate às enchentes no estado de SP
O Governo de São Paulo já se prepara para o período chuvoso, que afeta o estado entre os meses de outubro e março. Atualmente, a SP Águas administra 27 reservatórios para conter as chuvas. Juntos, têm capacidade para armazenar 4,7 bilhões de litros de água, o equivalente a 1.900 piscinas olímpicas. Portanto, o que contribui para diminuir os efeitos das tempestades para o próximo verão.
Diversas obras estão em andamento e visam amenizar os alagamentos e enchentes que prejudicam os moradores quando as fortes chuvas atingem as cidades paulistas.
Entre elas, na região metropolitana de São Paulo, na cidade de Franco da Rocha, está prevista a entrega do EU-09 (Ribeirão Eusébio), piscinão que irá auxiliar a cidade durante as enchentes. As obras dos piscinões EU-08 e TG-09 (Tapera Grande), localizado na divisa de Franco da Rocha com Francisco Morato, também avançam. Os novos reservatórios terão capacidade para acumular mais de 366,4 milhões de metros cúbicos de água das chuvas e tem investimento previsto de mais de R$ 100 milhões.
Entregas
Já na capital, para 2026, está prevista a entrega do novo piscinão na região do Morumbi e de canalização de parte do Córrego Antonico, ambos situados na zona sul da cidade de São Paulo. A iniciativa visa combater as enchentes nas regiões do Morumbi e Paraisópolis, beneficiando um milhão de pessoas. Com investimento de cerca de R$ 118 milhões, a obra é mais um empreendimento que busca amenizar os problemas causados pelas mudanças climáticas no estado.
Os piscinões são equipamentos de grandes dimensões que permitem reter a água das chuvas de maneira controlada. Desse modo, evitando o alagamento de áreas urbanizadas, que incluem residências, comércio, escolas, vias públicas etc. Composto de bombas, eles são escoados assim que a chuva passa, permitindo absorver novas chuvas.
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