Desde a divulgação pela Prefeitura, de que, em janeiro, 10,2% dos chamados recebidos pela Central Telefônica do Samu de Santos foram identificados como trotes, os números vêm apresentando queda. Mesmo assim, o índice ainda é considerado alto e representa uma constante batalha de conscientização da equipe do Núcleo de Educação Permanente (NEP) do Samu de Santos.
Sendo assim, em fevereiro, dos 6.230 atendimentos telefônicos, 570 eram trotes (8,47% do total).
Já em março, dos 6.523 chamados atendidos, 546 foram falsos (correspondendo a 7,51%). Apesar da queda, os números continuam preocupando.
Desse modo, a Central de Atendimento do Samu de Santos, que também atende ligações de Bertioga e Guarujá, mantém equipes preparadas para lidar com situações emergenciais, mas enfrentam constantemente o problema dos trotes, que desviam recursos e comprometem o tempo de resposta a quem realmente precisa.
O secretário de Saúde, Fábio Lopez, alerta que os trotes não apenas ocupam a linha indevidamente, mas em alguns casos, podem resultar no envio desnecessário de ambulâncias. “É um desperdício de recursos e uma situação perigosa. A cada trote atendido, há uma chance de que alguém com uma emergência real aguarde por mais tempo”.
Atendimento
Quando o munícipe liga para o 192, recebe o atendimento por um técnico auxiliar de regulação médica que faz perguntas básicas, como o nome, endereço, telefone para contato e qual a ocorrência. Após este atendimento inicial, o cidadão é transferido para um médico regulador, que vai fazer perguntas mais específicas sobre o quadro do paciente para se certificar de que não se trata de um trote e definir a classificação de urgência.
São cinco códigos: vermelho, em que a ambulância chega em até 15 minutos; laranja, em até 30 minutos; amarelo, até 60 minutos; verde, para chegada até 120 minutos; e azul, para atendimento acima de quatro horas. Com a classificação de urgência definida, a ocorrência é transferida para o rádio operador que encaminha as ambulâncias.
O NEP segue intensificando as campanhas educativas nas escolas municipais, no Centro de Aprendizagem e Mobilização Profissional e Social (Camps) e outras instituições da Cidade, reforçando a importância do uso consciente do serviço de urgência. “Acreditamos que esse trabalho do NEP está contribuindo para a queda de trotes realizados por crianças, mas ainda registramos trotes vindos de pessoas carentes de atenção no período na madrugada”, afirma o coordenador do Samu de Santos, Marcelo Ismail.
Quando acionar o Samu (telefone 192 – chamada gratuita)
-Problemas cardiorrespiratórios
-Situações de intoxicação (produtos químicos, veneno, medicação)
-Queimaduras graves – Afogamentos (em conjunto com o Corpo de Bombeiros – 193)
-Na ocorrência de maus-tratos (em conjunto com a Polícia Militar – 190)
-Trabalhos de parto com risco de morte da mãe e do feto
-Crises hipertensivas
-Acidentes/trauma com vítimas (em conjunto com Bombeiros – 193)
-Tentativa de suicídio (em conjunto com PM – 190 ou Bombeiros – 193)
-Surtos psiquiátricos (em alguns casos, em conjunto com PM – 190)
-Violência sexual/agressão (em conjunto com PM – 190)
-Situações de choque elétrico (em conjunto com Bombeiros – 193)
-Acidentes com produtos perigosos (com Bombeiros – 193)
Bases do Samu de Santos
-Boqueirão (Av. Bartolomeu de Gusmão, em frente à Av. Conselheiro Nébias)
-Rádio Clube (Praça Jerônimo La Terza s/nº)
-Nova Cintra (Av. Santista, 1.308)
-Caruara (Rua Andrade Soares s/nº)
-São Manoel (Praça Nicolau Geraigire s/nº)
-Encruzilhada (Rua Barão de Paranapiacaba, 241)
-Vila Mathias (Av. Rangel Pestana, 140)
-Ponta da Praia (Praça Engenheiro José Rebouças s/nº)
-UPA da Zona Leste (Praça Coronel Fernando Prestes s/nº)
-Castelo (Complexo Hospitalar da Zona Noroeste – R. Ministro Agamenon Magalhães s/nº).
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