O Museu do Mar acaba de ganhar uma nova e impressionante atração. Um exemplar da maior espécie de caranguejo do planeta, o Caranguejo-aranha japonês (Macrocheira kaempferi), já está em processo de montagem para exibição durante a temporada de julho.
Com 1,70 metro de envergadura, o animal vive em profundidades entre 500 e 600 metros e foi capturado no Mar da China Oriental. Especialistas chineses fizeram o processo de taxidermia antes de enviá-lo ao Brasil. Estagiários do curso de Ciência e Tecnologia do Mar da Unifesp agora montam o exemplar no museu. O biólogo marinho Luiz Alonso Ferreira, diretor da instituição, coordena a equipe.
Também conhecido como caranguejo-aranha gigante, esse crustáceo é o maior artrópode do mundo. Os artrópodes representam cerca de 80% de todas as espécies animais conhecidas e incluem insetos, crustáceos e aracnídeos.
No entanto, o caranguejo-aranha japonês pode alcançar até 3,8 metros de envergadura e pesar até 19 quilos. Vive em águas profundas, mas durante a primavera migra para áreas mais rasas para se reproduzir. Alimenta-se de crustáceos, moluscos, algas e detritos. A expectativa de vida pode chegar a 100 anos.
Apesar do aumento da população nos últimos anos, a IUCN ainda classifica a espécie como ‘deficiente de dados. Isso significa que não há informações suficientes para avaliar seu risco de extinção.
Dessa maneira, a chegada do caranguejo faz parte de um plano da Sociedade Museu do Mar de trazer uma nova atração a cada semestre. A proposta é enriquecer o acervo e ampliar o conhecimento do público sobre a biodiversidade marinha.
A nova peça soma-se a outras espécies gigantes já expostas no museu, como o Tubarão-baleia (maior peixe), o Peixe-lua (maior peixe ósseo), o Albatroz-viageiro (maior ave marinha), a concha Tridacna gigas (maior molusco bivalve) e o Bathynomus giganteus (maior isópode do mundo).