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07 DE JULHO DE 2025

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Praça das Bandeiras, um marco histórico na praia

Logradouro, localizado no bairro do Gonzaga, foi criado para lembrar a Revolução Constitucionalista de 1932

Por: Ronaldo Tarallo Jr.
Da Redação

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No dia 9 de julho é comemorado em todo Estado de São Paulo a Revolução Constitucionalista de 1932, marcada por diversos atos cívicos em diversas cidades, principalmente na capital.

Assim, tal efeméride é lembrada por monumentos, como o obelisco em São Paulo, e logradouros, como a avenida com a data do ato sendo uma das principais da cidade.

Portanto, em Santos isso não é diferente. Além de rua e atos cívicos, um dos principais cartões-postais da cidade nasceu para homenagear este ato, a Praça das Bandeiras e sua fonte 9 de julho.

ATO CÍVICO

Dessa forma, com intuito de revitalizar a área, a municipalidade decidiu investir num belo projeto urbanístico para enfeitar o final da avenida Dona Anna Costa, no trecho colado às areias do Gonzaga.

Assim, o então prefeito Antônio Gomide Ribeiro dos Santos, engenheiro civil de formação, mandou construir uma fonte de água espelhada.

O projero é o primeira do tipo na orla, sendo batizada como “Fonte 9 de Julho”, sendo inaugurada nesta data no ano de 1936.

BANDEIRAS

Em 1963, durante sua presidência no antigo Conselho Municipal de Turismo, Jorge Bechara propôs a instalação de mastros para o hasteamento das bandeiras de todos os estados brasileiros.

Por essa razão, a iniciativa também sugeria renomear o local como Praça das Bandeiras, com o objetivo de reforçar seu simbolismo cívico.

BONDE

Portanto, na segunda metade dos anos 1960, o bonde que hoje está exposto na Praça das Bandeiras circulava pela cidade como parte da linha 39.

Assim, seu trajeto começava na antiga Estação do Valongo, no Centro Histórico, seguia pela Avenida Rangel Pestana, Avenida Ana Costa, avenida da praia e Rua Alexandre Martins, até chegar ao ponto final na Praça Nossa Senhora Aparecida.

O percurso completo durava cerca de 1h20.

Os bondes deixaram de ser utilizados em Santos em 1971.

Por essa razão, anos depois, em 1984, o então prefeito Paulo Gomes Barbosa decidiu restaurar um dos antigos bondes para transformá-lo em atração turística.

No entanto, a falta de trilhos limitava seu funcionamento: a linha 26, que foi criada para esse fim, percorria apenas um pequeno trecho entre os canais 4 e 5.

Com o tempo, essa linha foi desativada e substituída por um ônibus turístico na gestão seguinte.

O bonde restaurado, que estava em ótimo estado, foi então transferido para a Praça das Bandeiras.

Assim, durante o processo de reforma, ele recebeu novamente as cores originais da época em que circulava pela orla.

Dessa forma, a restauração exigiu uma minuciosa pesquisa histórica e incluiu a substituição de madeiras e ferragens danificadas pelo tempo.

Nos últimos anos o bonde passou por nova pintura e restauração, recebendo novas decorações em datas festivas como o Natal.

REVOLUÇÃO DE 32

Também chamada de Revolução Constitucionalista, foi um movimento armado iniciado em São Paulo contra o governo provisório de Getúlio Vargas.

O estopim foi a insatisfação com a centralização do poder e a ausência de uma nova Constituição, prometida desde 1930.

O movimento ganhou força após a morte de quatro estudantes paulistas, símbolo da causa (MMDC). Os paulistas exigiam eleições e uma Constituição, mobilizando tropas e apoio popular.

A guerra durou de julho a outubro de 1932, com intensos combates, mas terminou com a derrota militar de São Paulo.

Apesar disso, o movimento pressionou Vargas a convocar eleições para uma Assembleia Constituinte em 1933. A Revolução marcou a luta por um Estado mais democrático.

Foi a maior guerra civil do Brasil no século XX. É lembrada até hoje como símbolo da resistência paulista e uma de suas principais consequências foi o direito ao voto feminino a partir da constituição de 1933

A PRAÇA

Em 6 de julho de 1963, o local que não tinha denominação exceto nos documentos de abairramento da cidade, onde constava desde 1957 apenas como Praça 00, passou a levar o nome de Praça das Bandeiras, após sanção da lei 2702 pelo prefeito José Gomes.

Na Baixada Santista, Guarujá e Praia Grande também tem praças de mesmo nome.

 

 

 

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