Quem olha de fora pode pensar que um festival como o The Town é só sobre música, mas, para quem observa de perto, fica evidente que o impacto vai muito além do show.
São milhões de pessoas vivendo experiências que começam na compra do ingresso e seguem pelo transporte, alimentação, ativações de marca e, depois, pelas redes sociais.
Cada um desses pontos de contato revela padrões de comportamento e preferências que, quando bem interpretados, podem se transformar em estratégias para marcas se conectarem cada vez mais com os públicos de interesse.
Na primeira edição, o festival gerou R$1,9 bilhão em impacto econômico para São Paulo, segundo a FGV.
O número impressiona, mas o mais interessante é pensar em tudo que ele representa: não apenas consumo imediato, mas um público engajado, disposto a interagir e a levar a experiência além dos portões do evento.
Esse é o terreno ideal para marcas que sabem transformar presença em lembrança.
É nesse cruzamento entre físico e digital que mora a grande oportunidade.
Quando alguém visita uma ativação, experimenta um produto ou interage com uma ação de marca dentro do festival é possível estender a cauda desse impacto por meio da publicidade no device que não sai da mão dos brasileiros, o smartphone.
Retargeting e reforço em canais digitais permitem engajar o público logo após o contato no ambiente offline, mantendo viva a lembrança da marca e aumentando a assertividade das campanhas. Não se trata apenas de impacto momentâneo, mas de continuidade: transformar um encontro pontual em uma relação duradoura.
Essa lógica deixa claro que não existe mais separação entre on e off.
O consumidor circula entre esses universos com naturalidade, e cabe às marcas acompanhar esse movimento.
Quem consegue reforçar no digital o que o público já viveu no físico cria uma narrativa consistente, que conecta emoção, lembrança e presença de marca de forma muito mais forte.
O The Town mostrou que a música é capaz de unir multidões, mas também revelou algo maior: grandes eventos são laboratórios de experiência e memória.
O espetáculo acontece no palco, é verdade, mas o grande valor está em como as marcas transformam a energia da plateia em jornadas digitais que prolongam a conexão.
No fim, a relevância não vem apenas de estar presente no festival, mas de permanecer presente na mente e no cotidiano do consumidor.
Paula Freire é chefe de vendas da Siprocal
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