O Ministério da Saúde emitiu uma nota oficial na terça-feira (23) para reforçar que o paracetamol, um fármaco de propriedades analgésica e antipirética (redução da febre), é seguro, eficaz e não está relacionado a ocorrência de autismo.
Sendo assim, a manifestação ocorre um dia depois de o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, ter feito essa correlação, sem apresentar provas, em uma declaração à imprensa.
A desinformação disseminada por Trump também foi negada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Assim como, pelas agências de saúde da União Europeia e do Reino Unido.
“A saúde não pode ser alvo de atos irresponsáveis. A atuação de lideranças políticas na criação de informações deturpadas pode gerar consequências desastrosas para a saúde pública, como vimos na pandemia de Covid-19, com mais de 700 mil vidas perdidas no Brasil”, disse o Ministério da Saúde, em nota.
“O anúncio de que autismo é causado pelo uso de paracetamol na gestação pode causar pânico e prejuízo para a saúde de mães e filhos. Aliás, inclusive com a recusa de tratamento em casos de febre e dor. Além do desrespeito às pessoas que vivem com Transtorno do Espectro Autista e suas famílias”,
De acordo com o Ministério da Saúde, “o transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados. Portanto, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades”.
Além disso, na nota, a pasta diz que busca reverter os prejuízos causados pelo negacionismo no Brasil. Desse modo, “que impactou na adesão da população às vacinas em um país que já foi referência mundial neste tema”.
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