Entre os dias 25 de setembro e 4 de outubro, o Sesc Santos reúne espetáculos e debate na programação “Plínio Marcos – 90 anos” para celebrar os 90 anos do nascimento de Plínio Marcos.
Nascido em Santos, em 29 de setembro de 1935, ele começou no teatro amador na sua cidade natal por incentivo de Patricia Galvão – PAGU.
Ator, diretor, jornalista, e um dos mais importantes dramaturgos do teatro brasileiro, Plínio Marcos faleceu em 1999, em São Paulo. Sua obra, que retratou a dura vida das pessoas marginalizadas, foi resistência e deixou um legado, com temas sociais e políticos de seu tempo, e que se fazem atuais.
Debate
O ator e pesquisador Ricardo (Kiko) Barros, filho de Plínio Marcos, e o jornalista e dramaturgo Oswaldo Mendes, autor da biografia de Plínio Marcos intitulada “Bendito Maldito”, e mediação da atriz e diretora Renata Zhaneta, falam sobre as histórias e trajetória de Plínio Marcos, marcada pela visceralidade e pela representação dos excluídos, no debate Plínio Marcos: Memórias e Causos.
O encontro acontece no dia 25/9, quinta, às 20h, no Auditório. A entrada é gratuita, a partir de 14 anos.
Dois Perdidos numa Noite Suja – Delivery
A peça Dois Perdidos numa Noite Suja – Delivery, com direção de José Fernando Peixoto de Azevedo, tem no elenco os atores Michel Pereira e Lucas Rosário. A obra conta a história de dois jovens da periferia, Tonho e Paco, que dividem uma residência estudantil e trabalham como entregadores delivery. Dias 26 e 27/9. Sexta e sábado, 20h, no Auditório. Os ingressos custam de R$12,00 a R$40,00. Duração de 90min. A partir de 16 anos. Tradução em Libras na sessão de 27/9.
Eu fiz Por Merecer – O Tempo e o Verbo de Plínio Marcos
Eu Fiz Por Merecer – O Tempo e o Verbo de Plínio Marcos é uma peça escrita por Oswaldo Mendes, com Walter Breda, Fernando Rocha, e Oswaldo Mendes no elenco e direção. Um ator formado nos musicais encontra dois atores das antigas para fazer um espetáculo que divirta, arrebate e ajude as pessoas a enfrentarem esses tempos difíceis. Depois de reclamar dos parceiros que só falam de gente morta e de um tempo que não é o dele, o ator concorda em trazer à cena o tempo e o verbo de um artista do teatro, Plínio Marcos, inspirados na sua biografia “Bendito Maldito”. Dia 30/9. Terça, 20h. Auditório. Os ingressos custam de R$12 (credencial plena) a R$40,00 (inteira). Duração: 60min. A partir de 16 anos.
Inútil Canto e Inútil Pranto pelos Anjos Caídos
O espetáculo Inútil Canto e Inútil Pranto pelos Anjos Caídos, encenado por Ícaro Rodrigues, com texto de Plínio Marcos e direção de Roberta Estrela D’Alva, une teatro, performance e poesia falada para refletir sobre o universo do sistema prisional brasileiro. Inspirado na vivência do ator como educador na Fundação Casa, o espetáculo constrói uma narrativa entre a ficção e relatos reais, num corpo-espaço em estado de alerta, esgotamento e resistência. Dias 3 e 4/10. Sexta e sábado, 20h. Auditório. Os ingressos variam de R$12 (credencial plena) a R$40 (inteira). Duração de 60min. A partir de 12 anos. Tradução em Libras na sessão de 4/10.
Sobre o Plínio Marcos
Plínio Marcos (1935–1999) nasceu em Santos e iniciou sua trajetória artística no circo, atuando como palhaço Frajola. Em 1958, o contato com Patrícia Galvão (Pagu) e o teatro amador santista despertou nele o interesse pela dramaturgia.
Em 1959, escreveu sua primeira peça, Barrela, inspirada em um episódio real de violência carcerária. O texto marcou sua estreia como dramaturgo e o colocou sob a vigilância da censura, que proibiu a obra por mais de vinte anos.
Nos anos 1960, em São Paulo, trabalhou como camelô, vendedor de álbuns de figurinhas, técnico da TV Tupi, administrador e ator na companhia de Cacilda Becker, no Teatro Arena e no grupo de Nydia Lícia.
Foi considerado “dramaturgo maldito” em razão das constantes perseguições da censura às suas obras durante a ditatura militar, mas tornou-se símbolo de resistência cultural e artística.
Autor de títulos como: Dois Perdidos em uma noite suja (1966), Navalha na carne (1967), Quando as máquinas param (1967), Homens de Papel (1968), O abajur lilás (1969), Balbina de Iansã (1970), Querô, uma reportagem maldita (1979), Madame Blavatsky (1985) e Balada de um palhaço (1986).
Sua obra é marcada pela denúncia social e pela força cênica de suas personagens. Além do teatro, escreveu romances, contos e crônicas, mas sempre reconheceu que sua escrita nascia voltada para o teatro.
Atual, sua obra dramatúrgica é referência na representação dos excluídos no Brasil e na luta pela liberdade de criação nas artes cênicas.
Faleceu no mês de novembro de 1999, em São Paulo.
Vendas de ingressos
As vendas de ingressos para os shows e espetáculos da semana seguinte (segunda a domingo) começa na semana anterior às atividades, em dois lotes:
On-line pelo aplicativo Credencial Sesc SP e portal do Sesc São Paulo: às terças-feiras, a partir das 17h
Presencialmente, nas bilheterias das unidades: às quartas-feiras, a partir das 17h
Bilheteria Sesc Santos – Funcionamento
Terça a sexta, das 9h às 21h30 | Sábados e domingos, das 10h às 18h30
Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida
(13) 3278-9800
Site do Sesc
Instagram @sescsantos
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