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29 DE SETEMBRO DE 2025

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As Vias da Independência – Rua José Clemente Pereira

Político homenageado com nome de rua em Santos foi um dos responsáveis por convencer D. Pedro I a ficar no Brasil

Por: Ronaldo Tarallo Jr.
Da Redação

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A Independência do Brasil foi declarada oficialmente em 7 de setembro de 1822.

Contudo, promulgada (oficializada) pouco mais de 30 dias depois, no dia 12 de outubro.

No entanto, para que esse fato histórico pudesse acontecer, uma série de fatores foram necessários ao longo daquele ano.

Assim, dentre os principais, a decisão do então Príncipe Regente em continuar por aqui.

Isso se deu graças à duas pessoas que o persuadiram, mostrando a força popular para esta decisão, José Clemente Pereira e Joaquim Gonçalves Ledo.

Na coluna de hoje, iremos entender este fato diante da perspectiva da vida do primeiro.

QUEM FOI JOSÉ CLEMENTE PEREIRA?

Nascido em Castelo Mendo, Portugal, em 17 de fevereiro de 1787, era filho de José Gonçalves e Maria Pereira.

Portanto, sua educação literária foi feita por um tio sacerdote, que o preparou para ingressar na Universidade de Coimbra, onde se formou em Direito e Cânones.

Assim, após a graduação, alistou-se para combater os franceses em Portugal.

Em 1815, veio para o Brasil, acompanhando a Corte Portuguesa.

Em 1819, nomeado juiz de fora da Vila Real da Praia Grande, atual Niterói, fundou a vila e presidiu o Senado da Câmara do Rio de Janeiro (órgão administrativo da Câmara Municipal. que desempenhava funções de governo local e judicial, sendo responsável pela administração da vila e pelo governo do território).

DIA DO FICO

Assim, em 1821, destacou-se como líder político ao se opor às Cortes Portuguesas.

Como presidente do Senado da Câmara do Rio de Janeiro, aliou-se a Joaquim Gonçalves Ledo.

Com isso, mobilizou a Maçonaria para convencer o príncipe regente, D. Pedro I, a não retornar a Lisboa.

Em 9 de janeiro de 1822, lideraram a grande manifestação popular, conseguindo a adesão de representantes de Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Bahia ao pedido para que o príncipe não deixasse o Brasil.

Portanto, ele foi responsável pela entrega da famosa “Petição do Fico”, escrita por Frei Francisco de Sampaio, que resultou no Dia do Fico.

Com a Independência do Brasil em 1822, Clemente Pereira esperava maior abertura política.

No entanto, acabou perseguido por pedir uma monarquia mais democrática.

Dessa forma, foi acusado de demagogo e anarquista, julgado rapidamente e exilado, junto de Gonçalves Ledo. Retornou em 1824, após dois anos fora.

CARGOS E FUNDAÇÕES

Por essa razão, nos anos seguintes exerceu cargos de grande relevância:

Deputado Geral: 1826 a 1829; 1830 a 1833; 1838 a 1841.

Ministro do Império (1828-1829) – redigindo o decreto de criação do Supremo Tribunal de Justiça.

Ministro da Justiça, da Fazenda (dois dias), dos Estrangeiros e da Guerra simultaneamente (1828)

Membro da comissão de 1834 que elaborou o Código Comercial, convertido em lei apenas em 1850.

Por sua vez, em 1841, tornou-se Ministro da Guerra e, em 1842, Senador pelo Pará, cargo que exerceu até 1854.

No campo social, foi provedor da Santa Casa de Misericórdia, erigindo dois grandes hospitais. Foi ainda fundador do Hospício Nacional de Alienados e criador do Cemitério do Caju.

Na vida pessoal, teve um filho chamado Hortêncio Clemente Rocha, e um de seus netos recebeu o nome de José Clemente Neto.

Faleceu no Rio de Janeiro, em 10 de março de 1854, aos 67 anos, vítima de uma congestão cerebral.

Assim, foi sepultado no Cemitério de São Francisco Xavier, em mausoléu providenciado pela Irmandade da Santa Casa.

Em 1858, foi inaugurada no local a estátua da Piedade em sua memória.

A RUA

Com cerca de 950m, cortando o bairro Campo Grande, passou a existir em 1923, pela Lei nº 699, sancionada pelo prefeito coronel Joaquim Montenegro. renomeando a antiga Rua 413 para Rua José Clemente Pereira, sendo a única da Baixada Santista.

 

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