A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (14) o influenciador Buzeira e o empresário Rodrigo Morgado durante a Operação Narco Bet. A investigação atinge uma organização criminosa que lavava dinheiro do tráfico internacional por meio de apostas online e criptomoedas.
Além disso, os agentes cumprem 11 mandados de prisão e 19 de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina.
Organização movimentava milhões em criptomoedas e apostas
De acordo com a Polícia Federal, o grupo criou um sistema sofisticado para esconder o dinheiro do tráfico. Eles usavam empresas de apostas esportivas (bets), remessas internacionais e criptomoedas para dar aparência legal ao dinheiro.
Como resultado, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 630 milhões em bens e valores. Os policiais também apreenderam carros de luxo importados, joias e dinheiro em espécie.
Quem são os principais alvos da operação
Buzeira, influenciador com mais de 15 milhões de seguidores, foi preso em Igaratá (SP). Ele é conhecido por ostentar vida de luxo nas redes sociais. Em março, afirmou ter perdido R$ 1 milhão em uma partida de pôquer na casa do jogador Neymar Jr.
Enquanto isso, agentes da Polícia Federal prenderam Rodrigo Morgado em um apartamento de alto padrão na cidade de Santos (SP). A Polícia Federal já prendera o empresário em abril, durante a Operação Narco Vela, por porte ilegal de arma. Na época, ficou apenas quatro dias preso.
O advogado Felipe Pires De Campos, que representa Morgado, afirmou que ainda analisa o caso.
Ligação com o tráfico internacional de drogas
A operação desta terça é um desdobramento da Operação Narco Vela, iniciada após a DEA, agência antidrogas dos Estados Unidos, apreender 3 toneladas de cocaína em um veleiro brasileiro próximo à costa africana, em 2023.
A partir dessa apreensão, a PF descobriu uma rede de tráfico com base na Baixada Santista. O grupo usava lanchas rápidas para levar a droga até o alto-mar, onde o material era transferido para veleiros e pesqueiros que seguiam até a África.
Os investigadores já apreenderam mais de 8 toneladas de cocaína em ações ligadas a esse esquema.
Crimes e penas previstas
Os investigados podem responder por lavagem de dinheiro, tráfico internacional de drogas e associação criminosa. Todos os crimes têm caráter transnacional, o que pode ampliar a pena dos envolvidos.
A Polícia Federal afirma que continuará com as ações para enfraquecer financeiramente essas organizações e impedir que o Brasil continue sendo usado como rota do tráfico internacional.
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