Você acorda, se vê no espelho e se assusta com o aparecimento de uma ou mais espinhas. Quase todas as pessoas já sofreram com esse problema, principalmente na juventude. Cremes, pomadas, remédios, dietas e outros diversos tratamentos são feitos por quem tenta combater esse incômodo.
A acne é uma doença que pode ser desencadeada por diversos motivos. Hereditariedade, predisposição genética, alteração de hormônios e estresse são os principais fatores que levam um indivíduo a se deparar com essas lesões pelo corpo.
A patologia é dividida em três níveis. O tipo 1 são aqueles cravos que aparecem sem lesão ou inflamação na pele. Esse estágio mais leve pode ser facilmente sanado com uma limpeza de pele, esfoliação, sabonete próprio para tratar das espinhas e uma lavagem periódica, cerca de duas vezes por dia, do rosto.
No tipo 2, a quantidade de lesões aumenta, assim como ocorre a inflamação dos cravos. O recomendado nessa situação é ir ao dermatologista para que o acompanhamento seja mais específico. O uso de antibióticos e pomadas para desobstruir os poros é o tratamento mais receitado pelos médicos.
O estágio mais grave da doença é o tipo 3. O surgimento demasiado de lesões e inflamações são acompanhados por nódulos. Nesse quadro, o acompanhamento médico é fundamental. A isotretinoína é o medicamento indicado por dermatologistas para os pacientes que apresentam as situações mais alarmantes da patologia.
No entanto, esse forte remédio só é receitado em último caso, pois pode acometer diversos efeitos colaterais, como ressecamento da pele e dos lábios, a sensibilidade extrema ao sol e, para as mulheres, a possibilidade de má-formação fetal.
O dermatologista Jorge Tadeu Lopes comenta que a maquiagem e alguns remédios podem alavancar a aparição da acne. “O ideal é não usar nada oleoso no rosto. As mulheres ficam o dia inteiro maquiadas e isso aumenta a chance de ter espinhas. Alguns remédios também elevam essa possibilidade, principalmente aqueles fortificantes que são usados nas academias”.
Muitos mitos e dilemas envolvem o problema. Até hoje, não foi comprovado cientificamente que uma alimentação desregulada inicie ou agrave o aparecimento das lesões. Porém, alguns dermatologistas aconselham seus pacientes a diminuir alimentos gordurosos de seu dia a dia.
O chocolate e doces em geral são tidos como causadores de espinhas, mas também não há nenhum estudo que aponte o agravamento de um quadro a partir do consumo dessas guloseimas. Para Tadeu Lopes, a alimentação não influencia na doença. “Dizem que a alimentação pode ajudar ou piorar o quadro, mas não há nada provado. Uma quantidade exagerada de chocolate faz mal independente de a pessoa sofrer ou não com acne”.
O médico ressalta que não se deve espremer as lesões, pois pode piorar o estado e infectar a região.