Após cinco anos, o Santos acertou o retorno do técnico Dorival Júnior, 53, com quem assinou contrato até o final da atual temporada. O treinador ainda não tem data definida para estrear e substituirá Marcelo Fernandes, que voltará a ser auxiliar técnico.
Também foram contratados o auxiliar Lucas Silvestre (filho do treinador) e o preparador Celso Rezende.
O acordo com Dorival foi selado com o presidente Modesto Roma Júnior, durante reunião na tarde desta quinta-feira (9), em São Paulo.
Dorival receberá cerca de R$ 200 mil mensais e tem como primeira meta evitar a queda do Santos para a Série B -atualmente o time é o primeiro na zona de rebaixamento, com dez pontos, e não vence há quatro jogos.
Desempregado desde dezembro do ano passado, o último trabalho de Dorival Jr. foi no Palmeiras, quando evitou o rebaixamento na última rodada.
Desde a passagem pelo Santos, em 2010, quando foi campeão da Copa do Brasil e do Campeonato Paulista comandando Neymar, Paulo Henrique Ganso e Robinho, o treinador não tem colecionado feitos para se orgulhar.
Ao deixar o Santos, ele passou por Atlético-MG (2010/2011), Internacional (2011/2012), Flamengo (2012/2013), Vasco (2013) e Fluminense (2014).
Além de não conquistado título algum, ficou marcado pelas campanhas que quase rebaixaram o Vasco e o Fluminense nos últimos Brasileiros.
Apesar de memórias vitoriosas no Santos em 2010, Dorival também teve problemas no clube. O mais marcante foi com Neymar, que ofendeu o técnico durante uma partida contra o Atlético-GO, na Vila Belmiro. Ao punir o jogador, o treinador acabou se desgastando com a diretoria e foi demitido.
Dessa vez o nome de Dorival não era o favorito para assumir o Santos. A diretoria pretendia acertar com Oswaldo de Oliveira, mas o nome não agradou os conselheiros, gerou discórdia no clube e por isso foi vetado. Doriva também chegou a ser cotado, mas não houve contato.
Despedida
No cargo desde março, quando substituiu Enderson Moreira, Marcelo Fernandes já estava ciente de que a diretoria santista pretendia trocá-lo e por isso concordou em retornar ao cargo de auxiliar técnico.
Com salário de R$ 25 mil (o mais baixo na elite do futebol brasileiro), Fernandes deixa o comando após 27 jogos, com 12 vitórias, seis empates e nove derrotas (51,8% de aproveitamento).
Ainda conduziu o time ao título do Campeonato Paulista-2015, ao bater o Palmeiras nos pênaltis.