O dólar rompeu a faixa de R$ 4,00 na última semana, algo inédito na história da moeda brasileira. A primeira vista isso pode parecer um pouco distante de nossa realidade, contudo, a alta do dólar influencia, e muito, em nosso dia-a-dia.
A economista e coordenadora do curso de ciências econômicas da Universidade Católica de Santos, Karla Andrea Derni Simionato, explica que o primeiro impacto é sofrido na inflação, um aumento generalizado de preços. “Isso ocorre porque a alta do dólar encarece a importação de produtos e consequentemente o custo é repassado ao consumidor”.
É o caso da média, do macarrão, que ficaram mais caros porque o trigo é um artigo importado. O mesmo vale para remédios, gasolina, etc.
Além disso, Karla esclarece que a desvalorização do real torna os produtos que exportamos mais vantajosos no mercado externo e isso faz com que a oferta doméstica fica defasada, puxando o preço para cima. “Essas alterações já são sentidas pelo consumidor. Se a nossa moeda não estabilizar, a tendência é o agravamento da inflação”.
Turismo
Quem já está com viagem marcada para o exterior e não comprou a moeda estrangeira, seja o dólar ou euro está em uma situação um pouco complicada. O gasto será muito maior que o previsto. Pior ainda é no caso do uso de cartão de crédito lá fora. Nesse caso, além da conversão, é embutida uma alíquota conhecida como IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que hoje é de 6,38%.
“Se já está coma viagem marcada, vai, relaxa, evita gastar muito e quando voltar paga as contas. Não tem muito jeito!”
Pensando nisso, se você pensa em viajar no verão é bom ir considerando destinos locais. O setor, aliás, deve se beneficiar da alta do dólar com um crescimento na demanda de turistas locais.