Rua Cloverfield, 10 | Boqnews

Opiniões

12 DE ABRIL DE 2016

Rua Cloverfield, 10

Por: Da Redação

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bannerJ.J.Abrams é realmente genial. E se você acha que é um exagero isso, pare para pensar um pouco sobre o que é Rua Cloverfield, 10. De cara, ele é um pequeno filme que leva o mesmo nome de uma outra produção produzida pelo mesmo Abrams, Cloverfield: Monstro (aquele “câmera na mão” de um monstrão que ataca NY durante uma festa de despedida), mas é só ir um pouco mais além para descobrir o quanto ele é um verdadeiro deleite. Tanto dentro quanto fora do filme.

Um daqueles filmes onde o prazer de vê-lo ultrapassa completamente a experiência de estar naquela sala escura. A ligação entre os dois (o de 2008 e esse) fica do lado de fora, cheio de detalhes virais que tomaram a internet e ainda mais um punhado de “easter eggs” que passam voando pelo espectador durante o filme. Já quando o assunto é o filme, sobra surpresas.

E as surpresas começam justamente diante da mão de Abrams (como produtor e idealizador), que mesmo em meio a toda essa geração de fofocas e fotos de bastidores, conseguiu filmar Rua Cloverfield, 10 completamente em segredo e só “mostrou a cara” pouco menos de dois meses antes da estreia. Foram então dois trailers com poucos detalhes (ou quase nada) e a impressão que (como pouco acontece hoje), o espectador teria a oportunidade de entrar no cinema sem saber muito o que esperar.

O pouco que se pode dizer da trama, e manter a surpresa, é que ela é sobre uma moça (Mary Elizabeth-Winstead) que após largar o namorado e sair de carro para algum lugar qualquer, acaba sofrendo um acidente e acordando dentro de um bunker. O problema é que, de acordo com seu raptor/salvador (John Goodman), fora dali, uma espécie de apocalipse tomou o planeta e o único modo dela sobreviver é ali, com ele e mais um outro “sobrevivente” (John Gallagher Jr.).

rua-cloverfield-10-destaqueVoltando um pouco à “parte de fora” do filme, Abrams já indicou que a “grande ligação” entre esse Cloverfield e aquele outro (além desse ser realmente o endereço do Bunker) ainda será melhor definida, mas um baita passatempo divertido é procurar pela vida pregressa do personagem vivido por John Goodman e já ai dar de cara com um monte de “coincidências”. (e um bom ponto de partida é o nome do personagem, Howard Stambler, e o Google).

E falando em Goodman, não só ele é o destaque do filme, transitando tão bem entre a razão e a sanidade de modo sutil e incômodo, como isso funciona bem demais na mão do diretor Dan Trachtenberg, que consegue manter o suspense da situação, as dúvidas e incertezas, tudo sem ser refém de uma grande descoberta. É claro que a tal “grande descoberta” acontece no terceiro ato, como todos esperam, e ainda que ela não seja tão empolgante assim, funciona perfeitamente bem dentro do que o roteiro se propõe. Até porque, o grande acerto do filme está dentro do bunker, não fora.

Já falando em roteiro, entre os três nomes que compõe a equipe, destaque para Damien Chazelle (diretor/roteirista do incrível Whiplash), mas mais destaque ainda para um texto limpo e fluido, que desenvolve bem os três personagens em cena, surpreende à todo tempo e deixa claro que Rua Cloverfield, 10 pode até ser um filme com cara de pequeno, mas que na verdade é tão grande que não cabe nem bem dentro do bunker, como muito menos dentro do próprio filme.

A crítica de Rua Cloverfield, 10 e de mais um monte de outras estreias você pode conferir no CinemAqui.

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