A exemplo das duas últimas eleições municipais, os santistas não querem a realização de segundo turno, conforme a última pesquisa Enfoque Comunicação/Boqnews. Pelo levantamento, 71% dos entrevistados esperam que o pleito seja decidido já neste domingo (2). Vantagem para quem lidera.
Equilíbrio eleitoral
Mantendo o cenário, esta será a terceira eleição consecutiva em turno único. E assim, haverá equilíbrio desde que houve a mudança na legislação eleitoral nos anos 90. Em 1996, o pleito registrou a disputa no segundo turno entre Telma de Souza e Beto Mansur, cenário repetido quatro anos depois, ambos com a vitória do candidato.
Equilíbrio eleitoral II
Em 2004, ocorreu uma das disputas mais acirradas da história quando João Paulo Papa foi para o segundo turno em desvantagem em relação à ex-prefeita e virou o jogo na reta final, vencendo por 1.771 votos – uma diferença de meros 0,74 pontos percentuais.
Equilíbrio eleitoral III
Desde então, os santistas optaram pelo turno único. Foi assim na reeleição de Papa (com 77,22% dos votos válidos), de Paulo Alexandre em 2012 (com 57,91% dos votos válidos) e provavelmente neste domingo, segundo as pesquisas.
Bom de voto
São concretas, portanto, as possibilidades do prefeito Paulo Alexandre Barbosa ultrapassar os 200 mil sufrágios, em razão dele ter mais de 80% dos votos válidos, segundo a pesquisa. É bom lembrar que o prefeito tem ampliado sua votação na Cidade. Em 2006, candidato a deputado estadual, obteve 27.867 votos em Santos. Quatro anos depois, 59.997. E em 2012, como pleiteante ao atual cargo, venceu com 144.827 votos.
Tabelinhas
Quem assistiu ao debate final na TV Tribuna com apenas cinco candidatos percebeu a tabelinha entre eles nas perguntas e respostas. De um lado, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) e Edgar Boturão (PROS). Por sua vez, o chumbo grosso contra o governante municipal foi diparado por Carina Vitral (PCdoB), Paulo Schiff (PDT) e Marcelo Del Bosco (PPS).
45 x 2
Ironizando o candidato do PROS, Marcelo Del Bosco, do PPS, destacou a suposta parceria entre Boturão e o prefeito. “Até o número é dobrado”. Ou seja, 45 (PSDB) x 2 é igual a 90, número do PROS.
Ilha da fantasia
A Câmara de Santos é uma ilha da fantasia, com salários milionários pagos pelos contribuintes santistas. Afinal, em um ano, o Legislativo pagou R$ 31,8 milhões em salários com pessoal da ativa (média mensal de R$ 2,6 milhões). Como são 240 servidores, sendo 155 do quadro permanente e 88 de livre provimento chega-se à média mensal de R$ 11 mil mensais por servidor, sem contar os encargos.
Valor mantido
Os vereadores santistas que tomarão posse a partir de 1º de janeiro já sabem que não terão reajuste no próximo ano. O salário foi mantido sem aumento para a próxima legislatura e está fixado em R$ 9.938,94. Apesar do apoio ao não aumento, há a possibilidade de revisão anual do subsídio. Mas alguém se atreve a colocar em discussão este tema dentro do atual cenário?
Dívida crescente
Em um eventual segundo mandato a partir de janeiro de 2017, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa encontrará uma situação financeira nos cofres municipais mais delicada do que quando assumiu em 2013.
Dívida crescente II
Afinal, quem olha os balancetes publicados no Diário Oficial se assusta com o aumento da dívida consolidada do Município que passou de R$ 107 milhões em dezembro de 2014 para R$ 389 milhões até agosto – um crescimento expressivo de 263%.
Dívida crescente III
Hoje, a Dívida Consolidada Líquida (DCL) chega a 18,81% sobre a Receita Consolidada Líquida (RCL). Ao assumir o mandato em 2013, o prefeito encontrou uma situação bem mais tranquila deixada pelo seu antecessor. A Dívida Consolidada era de R$ 119,4 milhões, equivalente a 7,89% da RCL.
Dívida crescente IV
E neste cenário, o Sindicato dos Servidores já colocou a boca no trombone reclamando que a prefeitura não tem repassado os valores devidos ao IPREV, o Instituto de Previdência do Município, desde julho, cujos valores devidos ultrapassam R$ 6,7 milhões. A Prefeitura informa que irá repor esta diferença de forma parcelada.
Má qualidade
Nem acabaram as obras nas avenidas Francisco Glicério e Afonso Pena em razão do avanço do VLT – Veículo Leve sobre Trilhos, e o asfalto colocado nas novas pistas já mostra desgastes e buracos nas pistas. Os pior trecho está entre as avenidas Conselheiro Nébias e Ana Costa.
Quem responde?
Qual…
será o percentual da renovação de vereadores na Câmara de Santos nesta legislatura?
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