Em meio aos impactos da pandemia, os preços dos medicamentos cobrados diretamente nas farmácias aos consumidores explodiram.
Muito mais que o reajuste autorizado pelo governo.
Não bastasse, alguns laboratórios oferecem agora produtos com menos quantidades – o que obriga a compra de duas ou mais caixas para atender a demanda necessária.
Por exemplo: a Azitromicina di-hidratada, um dos principais medicamentos no combate ao covid-19, agora é vendido com 3 comprimidos – mas são necessários 5, segundo os médicos – do laboratório EMS.
Cada caixa, aliás, não sai por menos de R$ 35 – com 3 unidades.
Como são necessárias duas caixas para a dosagem completa, o custo dobra.
Enquanto isso, o governo autorizou o reajuste de 5,21% dos remédios para medicamentos mais facilmente encontrados no mercado e com alta concorrência.
Já os com concentração moderada, 4,22% de reajuste.
E os com pouca disputa no mercado, aumento de 3,23%.
O reajuste médio deste ano, nos cálculos do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), será, portanto, de 4,08%
Pelo que se vê, porém, é que além das altas nos preços dos medicamentos, alguns trazem uma quantidade menor que a necessária no tratamento das doenças.
Uma afronta!