A decisão da CET – Companhia de Engenharia de Tráfego de autorizar o encerramento das atividades das linhas 203, 204 e 206 dos seletivos, administrada pela empresa Guaiúba Transportes, conforme reportagem publicada em boqnews.com, é, no mínimo, equivocada. A alegação é que as linhas não eram rentáveis, respondendo por 7% do total de passageiros transportados.
Afinal, para a concessão de um serviço público, como é o caso, existe o filé mignon (carne de primeira) e a ponta de agulha (carne de terceira).
Ou seja, quem ganha o serviço é responsável também em manter determinadas linhas, mesmo que não sejam rentáveis, para o atendimento da população. Faz parte do processo. O que não pode é a CET conceder o serviço gratuitamente e permitir apenas que a vencedora fique apenas com a parte nobre, sem correr riscos.
É bom lembrar que a empresa, sediada em Guarujá, ganhou a concorrência sem licitação, cuja homologação ocorreu no dia 12 de setembro, conforme publicado no Diário Oficial, mas a retirada das linhas ocorreu justamente após as eleições municipais. Se houvesse segundo turno, a data seria alterada?
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