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28 DE MAIO DE 2021

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Índice de ocupação de leitos se aproxima do período pós-lockdown

Os números atuais se aproximam dos dados de abril, pós lockdown. A diferença é que na época havia tendência de queda. Agora, de alta.

Por: Da Redação

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Santos registrou nesta sexta-feira (28) uma taxa de 77% na ocupação de leitos de UTIs Covid-19 em hospitais públicos e particulares.

Ao todo, dos 396 leitos de UTIs disponíveis para a doença, a ocupação está em 68% nos leitos SUS e 87% na rede particular.

A taxa é ligeiramente menor que a de 15 de abril, quando eram 424 leitos de UTIs, sendo 80% para SUS e 86% na iniciativa privada.

Os dados daquela época já mostravam um declínio no total de internados em razão do reflexo do lockdown implantado na Baixada Santista entre os dias 23 de março e 4 de abril.

Se na época a tendência era de queda, agora é de crescimento de internações em casos mais graves, com maior risco de mortalidade.

Na ocasião, 1.369 haviam morrido pela doença. Agora, já são 1.650, sendo 95 mortes ainda aguardando confirmação. (alta de 20,5%).

O que preocupa é a elevação da taxa de pessoas internadas em casos mais graves.

Há duas semanas (dia 14), a taxa de ocupação de UTIs estava em 66%, sendo 50% na rede SUS e 85% na rede privada.

Eram 388 leitos disponíveis e 1.577 mortes registradas pela doença à época.

Na sexta-feira passada (dia 21), a ocupação já chegava a 71%, sendo 62% leitos SUS e 82% particulares.

Percentual que cresceu mesmo com nove leitos de UTIs acrescidos no período.

Nesta sexta (28), a taxa de ocupação subiu para 77%, com 396 leitos, sendo 68% no SUS e 87% na rede privada.

Por enquanto, porém, não há qualquer sinalização de mudanças por parte da Prefeitura, explicou o ex-secretário de Saúde e atual de Planejamento, Fábio Ferraz, membro do comitê de contingenciamento da Prefeitura durante sua participação no Jornal Enfoque – Manhã de Notícias.

 

Detalhes

Segundo a Prefeitura, o aumento no número de pessoas internadas na rede de saúde de Santos saltou de 548 para 559 pessoas (+2%).

Houve aumento também no número de internados nos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), voltados para os casos mais graves, de 292 para 303 (+3,7).

A taxa geral de ocupação dos 767 leitos covid-19 disponíveis está em 73%.

Entre os 396 leitos de UTI, a ocupação é de 77%. Na rede SUS, a taxa é de 68% e na rede privada, de 87%.

 

Casos

A Prefeitura de Santos recebeu 62 notificações de covid-19 entre os munícipes.

O número de casos acumulados passou de 44.795 para 44.857. Um total de 40.927 pessoas já se recuperou da doença desde o início da pandemia.

Quatro novos óbitos foram confirmados. Referem-se a duas mulheres, de 55 e 70 anos, falecidas em 7 e 10 de maio, respectivamente, e dois homens, de 63 e 65 anos, falecidos em 26 de maio. Assim, o município de Santos registra 1.650 óbitos de residentes desde o início da pandemia.

 

Alerta

O aumento de 36% na ocupação de leitos públicos de UTI para pacientes de covid-19 em apenas 11 dias acende o sinal de alerta entre as autoridades sanitárias em Santos.

Entre os dias 16 e 27 de maio, o Município viu crescer de 104 para 142 a ocupação entre os 218 leitos disponíveis.

Esse aumento provocou uma reunião, na tarde desta sexta-feira (28), entre representantes da Secretaria Municipal de Saúde e dirigentes dos hospitais públicos e privados.

A baixa quantidade disponível de insumos (remédios e oxigênio) para atender os pacientes de covid-19 e a estafa das equipes médicas foram as principais preocupações manifestadas pelos representantes dos hospitais.

A esse cenário somam-se o fato de o tempo de permanência de um paciente em uma UTI covid-19 ser de 21 dias de internação (o triplo da média dos pacientes de outras doenças) e também o surgimento das novas variantes do coronavírus, com transmissões mais rápidas, de maior gravidade e com maior período de contágio.

 

Colaboração?

“É importantíssimo que a população faça seu papel. Nós precisamos da ajuda da população”, destacou o secretário municipal de Saúde, Adriano Catapreta, ressaltando que, ao longo dos últimos meses, devido ao grande número de vacinados, o Município tem registrado número menor de pacientes positivos para a covid-19 e com menos óbitos de santistas.

Em Santos, 34,1% da população santista recebeu a primeira dose da vacina (148.004 aplicações), já a segunda dose atingiu 20% dos moradores (86.647 vacinas). Esse cenário possibilitou a queda do número de óbitos: de 2 a 8 de maio foram registrados 43 mortes por covid-19; de 9 a 15, 32 óbitos (queda de 25,58%) e, 16 a 22, 25 óbitos (redução de 21,88%).

Segundo Adriano Catapreta, mesmo com o índice satisfatório de vacinação no Município, os santistas devem continuar com medidas como manter o distanciamento social, seguir com as medidas constantes de higiene e, principalmente, usar corretamente as máscaras.

“Não podemos criar a falsa sensação de que a pandemia está controlada. O bom índice de vacinados que registramos no Município não nos dá o direito de baixar a guarda. Ainda é o momento de tomarmos todos os cuidados, principalmente pelo surgimento das novas variantes, que são mais perigosas”.

 

Hospitais

Diretor da Santa Casa de Santos, Augusto Capodicasa afirmou que a maior preocupação atual em sua unidade é com a limitação do número de profissionais para o atendimento dos pacientes.

“Estrutura física para aumentar nossa capacidade nós temos. Nossa questão é com o médico intensivista, por exemplo. É desgastante. Nossa principal tarefa tem sido a de manter nossa equipe motivada”.

Mário Cardoso, diretor técnico da Sociedade Portuguesa de Beneficência, também se mostrou preocupado com a capacidade de atendimento, que está “sobrecarregada”.

Diretor do Hospital Frei Galvão, Fábio Santos ressaltou ter notado uma diminuição na faixa etária dos atendidos na unidade.

“Tem chamado muita atenção essa população mais jovem”.

Outra preocupação dele foi com os índices elevados de internação, tanto na UTI como na Enfermagem, que chegaram a beirar os 100%.

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