Dando sequência às ações do Governo do Estado de São Paulo para combater o Greening e outras doenças e pragas que ameaçam a citricultura, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) atuou, entre os dias 27 e 30 de novembro.
Sendo assim, nas CDA’s Regionais de Limeira e Mogi-Mirim e retirou mais de 20 mil mudas cítricas irregulares de circulação. Nesta etapa, houve fiscalização de 475 mil mudas enxertadas e porta enxertos.
Desse modo, ainda, durante as ações de fiscalização, técnicos da Defesa Agropecuária coletaram amostras de folhas de mudas cítricas com suspeita de contaminação por Greening, e aguardam por resultado laboratorial.
“Iniciativas deste tipo têm como objetivo evitar a produção de mudas cítricas que não estejam em conformidade com as normas técnicas. Essas normas visam às boas práticas fitossanitárias nos viveiros. E garantem que a muda comercializada em São Paulo seja de qualidade, livre de pragas e doenças. As informações levantadas por meio do sistema eletrônico da SAA, juntamente com as denúncias recebidas, direcionaram a equipe para os locais das fiscalizações, resultando em impactos positivos para o setor citrícola”, comenta Valentim Scalon, engenheiro agrônomo e gerente do Programa Estadual de Sanidade dos Materiais de Propagação Vegetal (PESMPV).
Portanto, a ação é um desdobramento das fiscalizações realizadas no município de Herculândia entre os dias 08 e 10 de novembro.
Além disso, onde foram retiradas 9 mil mudas irregulares de circulação e foram coletadas as informações que direcionaram as fiscalizações em Limeira e Mogi-Mirim.
Denúncia
Como parte dos esforços do Governo do Estado de São Paulo para conter o avanço da doença denominada Huanglongbing (HLB), conhecida como “greening dos citros”, a Defesa Agropecuária lançou um canal direto para que a população, especialmente os produtores rurais, denunciem pomares de citros abandonados ou mal manejados no Estado.
A existência desse tipo de pomar, sem controle do psilídeo (Diaphorina citri), que é o vetor do greening, ou sem erradicação de plantas até oito anos contaminadas com a doença, é problemática para a citricultura, uma vez que atua como fonte de contaminação.
De acordo com a Portaria SDA/MAPA nº 317, de 21 de maio de 2021, e com a Resolução SAA nº 88, de 08 de dezembro de 2021, em todos os pomares com plantas de citros, é obrigatória a realização do controle eficiente do psilídeo. E nos pomares com até oito anos de idade, deve ser feita pelo produtor a eliminação de plantas sintomáticas.
Além disso, todos os produtores comerciais de citros devem entregar semestralmente, relatórios contendo os resultados das inspeções trimestrais para Greening e cancro cítrico.
Para o Eng. Agr. Alexandre Paloschi, diretor do Departamento de Defesa Sanitária e Inspeção Vegetal (DDSIV) da CDA, essa interação com a sociedade é importante para direcionar as ações da Defesa Agropecuária. “Os produtores devem ter consciência que todas as ações da CDA são voltadas para defender a sustentabilidade sanitária da citricultura paulista”.
Greening
O Greening é causado pela bactéria Candidatus Liberibacter spp., e disseminado pelo psilídeo (Diaphorina citri).
A doença acomete todas as plantas cítricas, e não tem cura: uma vez contaminada, não é possível eliminar a bactéria da planta.
Dessa forma, que fica agindo como fonte de inoculo para contaminação de outras plantas. O Greening é hoje a doença que mais ameaça a citricultura no mundo.
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