A despeito de muitos agirem e acharem que a pandemia acabou, o cenário permanece preocupante em Santos, no litoral paulista.
Afinal, como reflexo do elevado número de pessoas circulando pelas ruas, a taxa de isolamento tem se mantido nos 36% (chegou a 35% na sexta) em dias úteis.
Assim, enquanto a taxa de isolamento cai, a de internações cresce, inclusive de UTIs, justamente para pacientes em estado mais grave.
E todos os números têm aumentado nas últimas semanas, após registrarem uma queda.
Em 12 de outubro, eram 155 pessoas internadas com Covid na rede hospitalar pública e privada de Santos.
A taxa de ocupação hospitalar era de 26%, sendo 40% na rede privada e 18% no SUS.
Nas UTIs, 27%.
Nesta segunda (26), já são 200 pacientes – alta de 29% na comparação entre os períodos.
A taxa de ocupação hospitalar também cresceu para 33%, sendo 44% na rede privada e 27% no SUS. Nas UTIs, 35%.
Ao todo, são 247 leitos de UTIs disponíveis, dentro de 611 no total (enfermarias e UTIs)
Portanto, houve um crescimento expressivo de todos os indicadores em apenas duas semanas, período considerado como quarentena pelos médicos.
Os dados tomam como referência os boletins diários divulgados pela Prefeitura de Santos.
UTIs
Não bastasse, o volume de pacientes internados em UTIs – em estado mais grave – aumentou de 66 para 86 – elevação de 30,3%.
Outros indicadores também apontam alta durante o período analisado: o total de casos confirmados subiu de 20.584 em 12 de outubro para 21.485 em 19 de outubro (alta de 4,4%) e 22.137 hoje (26), com elevação de 3% em sete dias.
Como reflexo, o total de óbitos subiu de 649 (dados de 13 de outubro, pois no dia 12 o sistema estava inoperante) para 674 mortes – alta de 3,8%.
Não é à toa que Santos é a cidade com o maior número de vítimas fatais do Covid-19 entre os municípios paulistas com mais de 50 mil habitantes, conforme estudo realizado pelo médico Carlos Eid, da Abramet – Associação Brasileira de Medicina de Tráfego. (veja quadro)