Após 12 anos na Cidade, Instituto Arte no Dique lança filial em Salvador | Boqnews
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Cultura

30 DE JULHO DE 2014

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Após 12 anos na Cidade, Instituto Arte no Dique lança filial em Salvador

Instituição ficará no bairro Cazajeiras, que tem 100 mil moradores. Cerimônia de lançamento será no salão cultural da Câmara Municipal da capital baiana. Objetivo é, no futuro, fazer intercâmbio cultural entre as cidades.

Por: Da Redação

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Inaugurado há quase 12 anos, em Santos, o Instituto Arte no Dique tem realizado a inclusão social por meio da arte, da cultura e de cursos de formação. Um dos Pontos de Cultura do Governo Federal, o projeto tem crescido ano a ano e atendido cada vez mais pessoas do Dique da Vila Gilda bem como de toda a Baixada Santista. Seu presidente, o baiano José Virgílio Leal de Figueiredo, que antes de desenvolver a iniciativa havia trabalhado com artistas conterrâneos como Ivete Sangalo e Olodum, volta à sua Terra Natal para realizar um novo sonho: nesta sexta-feira (1), às 8 horas, será lançada a filial do Arte no Dique em Salvador, em cerimônia que ocorrerá no Centro de Cultura da Câmara Municipal da capital baiana.

O anúncio da nova unidade da instituição não é só o caso do “bom filho que a casa retorna”. Virgílio seguirá atuando em Santos, onde o instituto galga novos degraus e abrange sua atuação. Com a sede soteropolitana, que ficará no bairro Cazajeiras, onde vivem cerca de 100 mil pessoas, poderá realizar, a médio e longo prazo, um outro objetivo: desenvolver a partir do contato que será feito com a Fundação Gregório de Mattos, vinculada à Secretaria de Cultura da capital baiana, um intercâmbio entre artistas, agentes e produtores culturais de Salvador e Santos. “Estamos felizes em poder lançar a nova filial, não só por que é a terra onde nasci e cresci, mas também por que Salvador respira cultura, e poderemos oportunizar a várias crianças, jovens e adultos a chance de ter uma formação e realizar seus sonhos”, explica Virgílio.

O Instituto Arte no Dique, organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, desenvolve atualmente trabalho sóciocultural com a população do Dique da Vila Gilda na Zona Noroeste de Santos, numa das regiões com maiores índices de vulnerabilidade social da cidade, com uma população de 22 mil habitantes vivendo em condições precárias, em palafitas à beira do mangue, sobre o Rio Bugre.

Tem como proposta a realização de ações, oficinas e cursos profissionalizantes, regidas pelos princípios da inclusão social, pesquisa e valorização da cultura local, aquisição de conhecimentos específicos do mundo da arte e cultura que possibilitam a ampliação do universo cultural. Busca desenvolver talentos, saberes e habilidades pessoais que podem ser direcionadas à formação profissional com qualidade, abrindo também perspectivas de sonhar e transformar projetos de vida na direção de um futuro promissor em contraponto à realidade vivida com altos índices de miséria, evasão escolar, desemprego, criminalidade, drogas e violência.

Hoje, os alunos do instituto têm a chance de estudar, por exemplo, balé com Renata Pacheco, coordenadora do Balé Municipal de Santos, um dos mais premiados e respeitados na América Latina; teatro com o diretor Renato di Renzo, de atuação reconhecida nacionalmente, e tem a banda Querô como seu primeiro produto artístico-cultural.

A banda

Formada na oficina de percussão, a Banda Querô é o primeiro produto cultural do Instituto Arte no Dique. Com uma batida própria que mistura ritmo e harmonia, o grupo criado em 2003, já realizou dezenas de apresentações pelo Brasil e várias no exterior. Fez o HIno Nacional duranta a inauguração do Museu Pelé, em Santos:

Com forte influência do samba reggae, vem ganhando notoriedade nos últimos anos, após o lançamento do CD de estreia “A Arte no Dique”, em 2007, que rendeu três participações na maior festa a céu aberto do mundo, o carnaval de Salvador. O nome Querô é uma homenagem ao personagem principal de “Querô, uma reportagem maldita”, do dramaturgo santista Plínio Marcos. O coordenador cultural do projeto, José Virgílio Leal de Figueiredo, avalia que a banda Querô “representa o objetivo do Arte no Dique de formar mão de obra para a arte, a cultura e o entretenimento.”

Filme

Em novembro de 2013 foi lançado em São Paulo e em Santos o filme “Caranguejo do Mangue: Do Dique do Itororó ao Dique da Vila Gilda. Com direção deAndré Prati e Guilherme Escobar Nori, o longa de 88 minutos mescla documentário e momentos de ficção, que mostram tanto a trajetória da instituição bem como a realidade da comunidade. Uma história que expõe a dinâmica social desta região onde o Instituto está localizado, com cenas criadas a partir da realidade física e lúdica desta jornada.

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