Atraso nas obras na Rua Campos Mello prejudicam comerciantes | Boqnews
Foto: João Pedro Bezerra

Santos

07 DE OUTUBRO DE 2022

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Atraso nas obras na Rua Campos Mello prejudicam comerciantes

Intervenções na Rua Campos Mello completam um ano e comerciantes ressaltam que movimento de clientes caiu muito desde então

Por: Da Redação

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Campos Mello é uma das ruas mais importantes de Santos, utilizada principalmente para quem vai ao Centro. A via também é um rica comercialmente.

Afinal, são diversas lojas dos mais diferentes segmentos espalhadas pela rua. Entretanto, os comerciantes da via do Macuco não vivem os melhores dias.

Pelo contrário, pois as obras da segunda fase do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) têm deixado as pessoas com dor de cabeça, irritadas e sem clientes.

A obra na Campos Mello completa um ano neste mês. Em 2021, a equipe de reportagem do Boqnews esteve no local.

O clima era de tensão dos comerciantes que viram a rua ser fechada pelas obras, dificultando o acesso às lojas.

Alguns comerciantes, por exemplo, optaram por mudar o negócio de lugar já no ano passado, caso da loja Tomara – Materiais de Construção, que foi para a Rua João Pessoa.

Realidade

Os comerciantes que continuaram com seus negócios citam as enormes dificuldades causadas pelas obras.

Ainda que já seja possível transitar pela rua, o movimento não voltou à normalidade e a tendência é que a via seja novamente interditada, pois as obras permanecem.

De acordo com a comerciante Márcia Ângela, que tem uma loja de acessórios infantis há mais de 15 anos, o cenário é desanimador.

“Eu particularmente não tenho mais expectativa. O movimento foi todo prejudicado pela obra. É muito difícil uma pessoa vir na loja com estes obstáculos”, citou.

Márcia explica que a obra trouxe uma série de problemas, como a poeira entrando no comércio, além do surgimento constante de baratas e ratos. “Eu tenho pavor de rato e desde que a obra começou, eles aparecem na rua e entram nas lojas”, finalizou.

Já uma funcionária de uma loja de roupas que não quis se identificar destacou que a Rua Campos Mello tem alagado. “Quando chove a rua vira uma piscina. Isso não acontecia antes das obras do VLT. Em um dia, eu tive que colocar o pé na água para poder chegar em casa”, pontuou.

Ela ainda salientou as dificuldades dos clientes em estacionarem os veículos. Outro ponto de reclamação dos comerciantes são as árvores que foram cortadas para a realização da obra. O VLT vai passar pela Rua Campos Mello, sentido Centro.

Um ano

Segundo o representante da Associação de Moradores e Comerciantes da Campos Mello (Amoccam), José Resende, depois de um ano de obra, os responsáveis estão entregando um novo panfleto que vão fechar a rua novamente para refazerem a mesma. O trecho que será fechado fica na altura do cruzamento com a Av. Rodrigues Alves.

“Estão trocando as sarjetas, pois a água estava ficando empoçada”, citou Resende. “Já tem um ano de obra e pouco foi feito. Ainda não tem trilho, estão quebrando tudo novamente. É complicado”, complementou. Resende não vê a hora de tudo voltar à normalidade e ele conseguir trabalhar sem ter preocupação.

Projeto

O segundo trecho do VLT conta com investimento de R$ 218 milhões do Governo do Estado e a previsão é que comece operar em fase de testes no final de 2022. No entanto, no ritmo atual da obra, este prazo não será cumprido.

Com capacidade para transportar 35 mil pessoas/dia, ligará a Linha 1 Barreiros – Porto (a partir da estação Conselheiro Nébias) até o Centro de Santos. Serão oito quilômetros de extensão, Ao todo, serão 14 estações.

EMTU

Questionada sobre o prazo das obras, a EMTU, empresa responsável pelo VLT, enviou a seguinte nota.

“Em relação à rua Campos Melo, no momento, está sendo atendida uma demanda da Associação dos Comerciantes e Moradores da Campos Melo (Amocam) para realização de serviços de melhoria na drenagem superficial, permitindo o escoamento da água acumulada na superfície, o que inclui entradas de casas e edifícios”.

Além disso, a EMTU informou que para as próximas etapas de obras no trajeto do VLT estão previstas a continuação do remanejamento das redes de esgoto e melhorias do sistema de drenagem para, em seguida, “receber a superestrutura da via permanente capaz de suportar o deslocamento do VLT”.

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