Levantamento divulgado pela Fundação Seade mostra que enquanto os empregos com carteira assinada aumentaram 0,3% no Estado de São Paulo em janeiro em relação ao mês anterior, a Baixada Santista seguiu no sentido inverso.
Ou seja, houve a geração de 38 mil vagas de trabalho resultado de 639 mil admissões e 601 mil desligamentos.
Por sua vez, a Baixada Santista registrou queda de vagas de empregos, com menos 626 oportunidades.
O índice deve-se às vagas perdidas no comércio (foram 1.082), como reflexo do fim das vendas das festas de final de ano, algo comum.
No estado, o setor registrou queda de 0,5%.
Como a região tem no comércio um dos seus pilares na geração de empregos – ao lado do setor de serviços e indústria -, isso acaba se refletindo.
Portanto, enquanto a região não ampliar novas vertentes econômicas, tal cenário irá se repetir a cada fim da temporada das festas de fim de ano e das férias de verão.
Aliás, em janeiro do ano passado, a redução em número de vagas foi ainda maior: 1.118.
No entanto, na comparação com o total de vagas perdidas no segmento do comércio no Estado de São Paulo, a participação da Baixada Santista cresceu.
Ou seja, em janeiro do ano passado, o comércio paulista perdeu 17.158 vagas, sendo que a região representou 1.118 (6,5%) deste montante.
Dessa vez, na comparação com o mesmo mês neste ano, foram 14.499 postos fechados somente neste segmento econômico, sendo 1.082 na região (7,5%).
Como reflexo, após 2023 atingir 13.373 vagas criadas, o ano começou com 626 oportunidades fechadas – 60% a mais em comparação a janeiro do ano passado, quando 391 postos de trabalho chegaram ao fim.
Por cidades
O índice negativo deve-se ao resultado final em seis das nove cidades da Baixada Santista.
Praia Grande foi o município que mais perdeu postos em janeiro (-321).
Na sequência, surgem Guarujá (-192), Bertioga (-124), Peruíbe (-119), Mongaguá (-113) e Itanhaém (-111).
A queda só não foi maior em razão de Santos abrir 277 oportunidades, seguida por Cubatão (62) e São Vicente (15).
Já em âmbito metropolitano, as oportunidades surgiram nas áreas de serviços (267 empregos), construção (159) e indústria (53).
Setores de agricultura, pecuária e pesca perderam 23 postos.
Comparação com outras regiões metropolitanas
Enquanto a Baixada Santista registrou queda de 626 postos de trabalho, reflexo do fim das festas de final de ano e temporada (empregos temporários), outras regiões metropolitanas registraram alta de empregos.
Confira as vagas criadas em janeiro/24
Região Metropolitana de Campinas : 3.587
Jundiaí : 730
Piracicaba: 3.189
Ribeirão Preto: 4.615
São José do Rio Preto: 2.298
Sorocaba: 3.506
Vale do Paraíba e Litoral Norte: 1401
Demais regiões paulistas: 7.452
Estado de São Paulo
De acordo com a pesquisa, os empregos com carteira assinada aumentaram 0,3% no Estado de São Paulo em janeiro de 2024 em relação ao mês anterior.
Com isso, o estoque de empregos formais no Estado ficou em 13,9 milhões segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).
Os resultados apurados em janeiro mostraram variações positivas na construção (2,5%), na indústria (1,0%) e em serviços (0,2%).
Houve redução do emprego na agricultura (-1,5%) e no comércio (-0,5%).
Em serviços houve destaque na geração de postos de trabalho em educação (8 mil), atividades profissionais, científicas e técnicas (3 mil) e saúde humana e serviços sociais (3 mil).
No acumulado de 12 meses, o Estado de São Paulo registrou 406 mil novos empregos – resultado de 7,2 milhões de admissões e 6,8 milhões de desligamentos – com crescimento de 3,0%, pouco inferior ao verificado para o Brasil (3,5%).
Esse saldo representa 26% dos empregos criados no país (1,6 milhão).
Confira aqui os dados completos da região e, também, os específicos dos municípios: https://trabalho.seade.gov.br/
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