Neste sábado (22), comemora-se o Dia Mundial Sem Carro.
Ótima data para reflexão de uma triste realidade: a violência no trânsito.
A despeito dos números terem caído nos últimos anos ainda chama a atenção a quantidade de vítimas fatais.
São motoristas, motociclistas, pedestres ou ciclistas que perderam a vida nos últimos anos.
Além disso, a Baixada Santista tem números preocupantes.
Na região, foram 1040 vítimas fatais desde que foi implantado o Infosiga – sistema de acompanhamento de acidentes no Estado de São Paulo (2015 até agosto passado)
Uma média de 5,4 mortes/semana (ou 0,77/dia).
Números superiores
Os números de vítimas no trânsito na Baixada Santista são superiores à média estadual.
Apesar da população da região representar 4% do total paulista, o total de ocorrências com vítimas fatais nas nove cidades da Baixada Santista chega a 5% de todo o Estado.
Outro indicador que chama a atenção: no mesmo período pesquisado, foram 20.985 mortes no Estado de São Paulo.
Na comparação com a população do estado, conforme o IBGE, (45.538.936), a proporção é de 46 vítimas fatais por cada 100 mil paulistas.
Já a Baixada Santista, a proporção entre a população e o total de mortes no trânsito é de 56,25 vítimas fatais a cada 100 mil habitantes – 22% a mais.
Apenas São Vicente teve um indicador proporcional menor (39/100 mil).
A maior é Bertioga, com 152/100 mil.
O número foi impulsionado pela tragédia envolvendo estudantes universitários que vinham de universidades de Mogi das Cruzes.
Eles moravam em São Sebastião.
Porém, o ônibus que os transportava perdeu o controle na Mogi-Bertioga e ceifou a vida de 18 jovens em junho de 2016.
Outras cidades também superam a média: Cubatão (74/100 mil habitantes), Guarujá (49/100 mil), Itanhaém (73/100 mil), Mongaguá (61/100 mil), Peruíbe (62/100 mil), Praia Grande (62/100 mil) e Santos (47/100 mil).
Acidentes de trânsito crescendo
Apesar da queda nos números nos últimos três anos (ver quadro abaixo), a média de acidentes fatais nos oito meses de 2018 já é superior à média na comparação com 2017.
Naquele ano, menos casos foram registrados dentro do período pesquisado.
Em 2017, a média mensal era de 21,9 casos, bem menor que em 2016, com 25,58.
Até agosto, a média, somada, chega a 22,37 mortes/mês na Baixada Santista.
Cidades ajudam a alavancar este índice mortal.
Cubatão, por exemplo, registrou 26 mortes no trânsito ao longo de 2017.
Somente nos oito primeiros meses deste ano, 23 mortes foram registradas, o mesmo volume de todo o ano de 2015.
Guarujá já registra 24 mortes em 2018.
Isso porque a cidade viu uma queda substancial de vítimas fatais em 2017 (foram 49 em 2015, 54 em 2016 e 30 no ano passado).
Afinal, mesma situação ocorre com São Vicente, que chegou a ter 50 mortes em 2016.
Isso porque viu reduzir para 30 no ano passado, mas até agosto passado já registrou 28 casos fatais.