Baixada Santista registra quedas consecutivas de vendas de imóveis | Boqnews

Construção civil

02 DE DEZEMBRO DE 2016

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Baixada Santista registra quedas consecutivas de vendas de imóveis

Conforme levantamento do Sinduscon, entre as 9 regionais do Estado, Santos foi a que registrou maior declínio e ocupa o último lugar no mercado paulista com participação de 2,98%.

Por: Da Redação

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Setor da construção civil tem sentido quedas seguidas em investimentos na região

Setor da construção civil tem sentido quedas seguidas em investimentos na região. Foto: Isabela Carrari/Secom

A difícil conjuntura econômica do Pais em 2016 trouxe instabilidade para o mercado.

E esse reflexo no segmento da construção civil pode ser visto com o aumento de demissões em todo o País, diminuição das vendas de unidades e ausência de novos empreendimentos.

Crédito caro, aumento do desemprego, crescimento da informalidade, retração da renda das famílias, redução no consumo e do investimento público e privado colaboraram para um ano difícil e para a queda do investimento.

O desembolso do BNDES em infraestrutura caiu 32% em relação ao ano passado, de acordo com dados divulgados pela instituição. Em dados anuais representa 1,71% de investimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016, contra 2,1% em 2015.

Na Baixada Santista esse reflexo foi ainda maior, registrando 24º. mês de queda. Entre as 9 regionais do Estado, Santos foi a que registrou maior declínio e ocupa o último lugar no mercado paulista com participação de 2,98%. A queda do número de unidades financiadas na região foi de cerca de 50% em relação a 2015.

¨Toda a expectativa do pré sal e a vinda de milhares de trabalhadores para o litoral fez com que diversas construtoras de capital aberto, de outras localidades, investissem em lançamentos residenciais e comerciais aqui. Com a frustração da iniciativa de exploração de petróleo e gás na Baixada Santista ficamos com unidades em estoque, consequentemente não tivemos novos lançamentos e, com isso, o número de contratações começou a cair”, conclui o diretor da regional do Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (SindusCon), em Santos, Osmar Luiz Quaggio Gomes.

A estimativa inicial de especialistas do setor era de 40 mil novos trabalhadores migrarem para a Baixada. Agora, com a desobrigação da exploração da Bacia de Santos a estimativa é de que no próximos meses venha em torno de 1 mil pessoas.

Virada?

Porém, o recente anúncio da manutenção do índice da taxa básica de juros, a estabilidade do câmbio e das metas de inflação são indicadores que trazem evidência um pouco mais clara da estabilização da Economia e uma retomada gradual da atividade econômica na produção e no investimento.

Os últimos dados compilados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) para o SindusCon já demonstram a tendência de crescimento de 0,5% dentro de um cenário base de Produto Interno Bruto (PIB) na construção Civil. “Definitivamente o pior já passou. Redefinimos nossos perfis do mercado e já existem sinalizações de que novos projetos surgirão direcionados para habitação popular.

De olho no desenvolvimento regional também existem propostas de construções para habitação para população de baixa renda, em diversas localidades, inclusive em áreas degradadas e área continental de São Vicente, por exemplo. O momento é de retomada de confiança. Estamos apostando em uma perspectiva mais positiva para 2017 e 2018”, explica Osmar.

Topo de demissões

A região hoje ocupa o topo do ranking em número de demissões, comparadas a todas as outras 7 regionais e a Capital, mantendo o índice em torno de 14,57%. O índice geral do mês do mês anterior fechou em 14,48%. “Apesar do mercado ainda estar apresentando uma ligeira queda, já vivemos o momento de curva no crescimento.

Com a liberação de crédito para financiamentos, a retomada do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) começamos a ter um fôlego, com resultados que poderão ser observados timidamente no primeiro semestre de 2016 e mais concretamente em 2017” explica o diretor regional Osmar.

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