O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB) manteve a Baixada Santista na zona vermelha até o dia 15 de junho. Dessa forma a região não poderá flexibilizar as atividades econômicas. No entanto, prefeitos da região se rebelaram com a situação e prometem autorizar a abertura das atividades.
A decisão pegou os prefeitos de surpresa. O Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb) já havia feito uma reunião com as autoridades estaduais que sinalizaram a possibilidade da região ir para a fase 2 já no começo de junho. Segundo eles, os argumentos foram baseados por algumas incoerências do Plano SP, principalmente na parte dos números de leitos de UTIs. Tanto que na última segunda-feira (1) o portal da Prefeitura de Santos já colocava a Cidade na fase laranja.
No entanto, a ducha de água fria veio durante a coletiva dois dias depois, que manteve a região na faixa vermelha (sem flexibilização das atividades econômicas), mas com viés laranja.
Logo, após o anúncio, diversas autoridades da Baixada Santista criticaram a medida, como, os prefeitos de Guarujá, Valter Súman (PSB) e Praia Grande, Alberto Mourão (PSDB) por meio das redes sociais.
Repercussão
Muitos comerciantes não aguentaram a paralisação das atividades, já nas últimas semanas, havia diversas lojas de serviços não essenciais com portas abertas em Santos.
A grave crise econômica e o medo de falir com altas dívidas são apenas um dos motivos para a abertura irregular de alguns setores.
O prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, apresentou ao Ministério Público um relatório solicitando a flexibilização na região. No entanto, o órgão pediu para que as prefeituras seguissem a ordem estadual.
Assim, o prefeito teria um encontro com setores da economia para preparar a reabertura gradual das atividades na próxima quinta-feira (11), porém neste dia comemora-se o feriado de Corpus Christi e sexta-feira será ponto facultativo. Dessa forma, a volta definitiva seria na segunda-feira (15), justamente quando termina a quarentena.
São Vicente e Guarujá já retomaram as atividades não essenciais, porém no caso de Guarujá, o Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu a flexibilização que estava em vigor desde abril. Praia Grande ainda avalia uma possível retomada.
No entanto, há uma tendência do MP das respectivas cidades também orientar para cumprir a determinação estadual.